Mãe transforma papinha orgânica em receita milionária
Preparando comida para sua bebê, professora de educação física viu um nicho a ser explorado. Largou seu emprego para montar uma empresa que fatura R$ 2 milhões ao ano
4 dez 2014
08h00
atualizado em 23/6/2015 às 16h43
Papinhas
de pera com cenoura; banana com caqui; frango com chuchu, mandioquinha e
espinafre; fígado bovino com grão-de-bico, inhame, tomate e brócolis;
purê de beterraba; creme de ricota com morangos. Todas orgânicas, o que
significa que são feitas com frutas e legumes cultivados sem pesticidas
nem manipulações genéticas, e carnes de animais tratados sem hormônios.
Processo cuidadoso
Cada papinha que chega às prateleiras da loja passa por nove etapas. Começa pela horta orgânica, cujos produtos são pré-selecionados por funcionários do Empório. O alimento é lavado, descascado e cortado, depois cozido a 100 ºC.
Há sete anos, a então professora de educação física Maria Fernanda
Rizzo fazia receitas assim para sua filha de 6 meses. Era um trabalhão –
depois de já ter trabalhado durante o dia. “Percebi que existiam
milhares de opções desse tipo de produto fora do país, mas nenhuma aqui
no Brasil”, conta. Logo ela percebeu que havia ali um nicho viável: mães
das classes A e B que querem dar comida saudável para seus bebês.
O resultado, o Empório da Papinha, surgiu em 2009, com investimento de
R$ 600 mil. Hoje, é uma franquia com 18 pontos de venda, em 16
municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal,
Santa Catarina, Pernambuco, Piauí, Ceará, Sergipe e Alagoas. Em 2014, a
empresa alcançou a marca de 30 mil porções mensais. O faturamento neste
ano deverá alcançar R$ 2 milhões.
A expansão, iniciada em 2011, constava do plano original. A instalação
de uma cozinha industrial, logo no começo do projeto, já previa o
aumento do número de filiais e a abertura de franquias. O próximo
estágio, a chegada ao varejo, foi cuidadosamente estudado. “Primeiro fiz
uma mudança de identidade, adaptei a imagem para ficar mais adequada a
este mercado mais amplo. É importante planejar, porque sem isso você
perde dinheiro e tempo.”
Cada papinha que chega às prateleiras da loja passa por nove etapas. Começa pela horta orgânica, cujos produtos são pré-selecionados por funcionários do Empório. O alimento é lavado, descascado e cortado, depois cozido a 100 ºC.
O resultado é separado em porções de 100 g e congelado a -30 ºC
rapidamente, em apenas 40 minutos. Só então recebe o rótulo e é enviado
para as lojas, onde mães acostumadas a fazer suas próprias papinhas
recentemente passaram a contar também com sopas orgânicas prontas para
toda a família. “O produto é novo no país, e isso é bom”, diz Maria
Fernanda, que hoje tem 35 anos. “O mercado busca novidade. Se eu
produzisse bolacha de maizena, estaria muito mal.”
A empresária é parte de um setor em crescimento. Os produtos orgânicos
movimentam mais de US$ 50 bilhões no mundo. Aqui no Brasil, em 2013, o
volume comercializado cresceu 22% em relação ao ano anterior. Na
previsão do Instituto de Promoção do Desenvolvimento (IPD), até o fim de
2014, deverá crescer outros 35% e alcançar um faturamento da ordem de
R$ 2 bilhões.
Fonte: https://www.terra.com.br/economia/vida-de-empresario/mae-transforma-papinha-organica-em-receita-milionaria,a3846960b811a410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html
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