O
pentecostalismo é um movimento de renovação de dentro do
cristianismo que dá ênfase especial numa experiência direta e pessoal de
Deus através do
Batismo no Espírito Santo.
[1] O termo
Pentecostal é derivado de
Pentecostes, um termo grego que descreve a festa judaica das semanas. Para os cristãos, este evento comemora a descida do
Espírito Santo sobre os seguidores de
Jesus Cristo, conforme descrito no
Atos 2.
[2]
Pentecostais tendem a ver que seu movimento reflete o mesmo tipo de
poder espiritual, estilo de adoração e ensinamentos que foram
encontrados na
Igreja primitiva. Por este motivo, alguns pentecostais também usam o termo
Apostólica ou
Evangelho Pleno para descrever seu movimento.
O pentecostalismo é um termo amplo que inclui uma vasta gama de
diferentes perspectivas teológicas e organizacionais. Como resultado,
não existe nenhuma organização central ou igreja que dirige o movimento.
Os pentecostais podem ser inseridos em mais de um grupo cristão, indo
do
trinitariano até o
não-trinitariano.
[3] Muitos grupos pentecostais são afiliados ao
Conferência Mundial Pentecostal. No
Brasil
é comum os pentecostais e os protestantes históricos (presbiterianos e
luteranos, por exemplo) se autoidentificarem com o termo evangélico.
A ênfase do pentecostalismo sobre o
charisma o coloca dentro do
cristianismo carismático,
um enorme agrupamento de cristão que tem aceitado alguns ensinamentos
pentecostais sobre o batismo no Espírito e dons espirituais. O
pentecostalismo não está teologicamente e historicamente próximo ao
Movimento Carismático, porque o pentecostalismo influenciou significativamente o movimento carismático, que às vezes os termos
pentecostal e
carismático são usados como como sinônimo. Todo o movimento pentecostal no mundo inclui cerca de 590 milhões de pessoas.
[4]
Origem do Pentecostes
O
Pentecostes, em grego
pentekostos
(cinquenta), foi um feriado anual judaico, também conhecido como a
Festa das Semanas, festa dos primeiros frutos da colheita. Ela é
celebrada cinquenta dias depois da Páscoa.
[5] O livro bíblico de Levítico descreve-o como segue:
Contareis para vós
outros desde o dia imediato ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o
molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão. Até ao dia imediato
ao sétimo sábado, contareis cinquenta dias; então, trareis nova oferta
de manjares ao SENHOR. Das vossas moradas trareis dois pães para serem
movidos; de duas dízimas de um efa de farinha serão; levedados se
cozerão; são primícias ao SENHOR. Com o pão oferecereis sete cordeiros
sem defeito de um ano, e um novilho, e dois carneiros; holocausto serão
ao SENHOR, com a sua oferta de manjares e as suas libações, por oferta
queimada de aroma agradável ao SENHOR. Também oferecereis um bode, para
oferta pelo pecado, e dois cordeiros de um ano, por oferta pacífica.
Então, o sacerdote os moverá, com o pão das primícias, por oferta movida
perante o SENHOR, com os dois cordeiros; santos serão ao SENHOR, para o
uso do sacerdote. No mesmo dia, se proclamará que tereis santa
convocação; nenhuma obra servil fareis; é estatuto perpétuo em todas as
vossas moradas, pelas vossas gerações. Quando segardes a messe da vossa
terra, não rebuscareis os cantos do vosso campo, nem colhereis as
espigas caídas da vossa sega; para o pobre e para o estrangeiro as
deixareis. Eu sou o SENHOR, vosso Deus.
Levítico 23:15-22 ARA
As igrejas pentecostais fazem alusão a este acontecimento como um
símbolo para todos os que se converteram ao cristianismo no dia de
Pentecostes, seriam os primeiros frutos da colheita de uma grande parte
dos milhões de almas.
Antecedentes bíblicos (visão pentecostal)
Pentecostes.
Os apóstolos recebem o dom de línguas.
São Pedro falando no Pentecostes.
A promessa do derramamento do Espírito Santo
Aproximadamente entre 835 e 805 a.C. a terra de Judá foi atingida com
uma praga de gafanhotos que destruiu os pastos e as folhagens das
árvores, em apenas algumas horas. Todos os cultivos se perderam, a fome e
a seca devastaram o país inteiro. O profeta Joel, ao ver esse período
terrível, deu a promessa do derramamento do Espírito Santo, que seria a
restauração de tudo o que o mal tinha destruído, descrevendo-o como
segue:
E acontecerá, depois,
que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e
vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens
terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu
Espírito naqueles dias. Mostrarei prodígios no céu e na terra: sangue,
fogo e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em
sangue, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR. E acontecerá
que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque, no monte Sião e em Jerusalém, estarão os que forem salvos, como o SENHOR prometeu; e, entre os sobreviventes, aqueles que o SENHOR chamar.
Joel 2:28-32 ARA
A Revelação a João Batista
O evangelho de João, menciona um sucessor, o qual é revelado a João
Batista, que cumpriria a promessa de derramar o Espírito Santo sobre os
crentes. Ele diz: "Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito,
esse é o que batiza com o Espírito Santo". João 1:33 Ora, a pessoa sob a
qual o Espírito desceu foi Jesus Cristo. João Batista testemunhou que
quem viria depois dele iria batizar com o Espírito Santo (Mateus 3:11).
Jesus Cristo e a promessa do Pai
Depois que Jesus Cristo ressuscitou ordenou a seus apóstolos e
discípulos a permanecer em Jerusalém até serem revestidos de poder do
alto (Lucas 24:49), do mesmo modo, em
Marcos 16:17,
Jesus diz a seus discípulos que em seu nome expulsariam os demônios e
falariam novas línguas. No livro de Atos, o autor Lucas fala de um
mandato mais específico que Jesus disse aos seus discípulos,
descrevendo-o como segue:
mas recebereis poder,
ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto
em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da
terra.
Neste capítulo de Atos, Jesus disse aos seus seguidores que deveriam
permanecer em Jerusalém para que podessem receber a promessa do
derramamento do Espírito Santo. Para que dessa maneira pregassem o
evangelho em todos os lugares .
O outro Consolador
Há também o registro de João a partir do
capítulo 14 (o
Discurso de adeus),
no qual Jesus apresenta o Espírito Santo como o "outro Consolador".
Quando por ocasião da última ceia Jesus intensifica sua pregação aos
onze com foco no sacrifício do Messias. E ao perceber o entristecimento
dos discípulos anuncia o Espírito Santo, que é Deus em Nós, não mais
Emanuel (Deus conosco).
Este também é um ponto de discordância entre os evangélicos e os
católicos, pois na visão protestante a exaltação do Papa substitui o
Espírito Santo. Há uma frase famosa dita como título do Papa, "
Vicarius Filii Dei"
"O representante do Filho de Deus" ou em adaptações "O representante de
Jesus na Terra", função que é exclusiva do Espírito Santo.
Jesus apresenta alguns títulos, atribuições e funções para o Espírito Santo como:
- Consolador. João 14:16
- O Espírito de Verdade. João 14:17;
- Mestre (professor), ensinar. João 14:26;
- Fazer lembrar de seus ensinamentos. João 14:26;
- Convencer o mundo, na compreensão evangélica apenas por intermédio
do "toque" do Espírito Santo a pessoa pode ser convertida de verdade. João 16:8;
- Guia à Verdade (orientador), João 16:13;
- Anunciar o futuro, o que acontece em Apocalipse, também escrito por João, João 16:13.
O derramamento do Espírito Santo
Dez dias depois que Jesus subiu ao céu, chegou o dia de Pentecostes;
cento e vinte pessoas estavam esperando no cenáculo, unânimes, à
promessa que Jesus Cristo havia feito.
de repente, veio do
céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde
estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como
de fogo, e pousou uma sobre cada um deles.
Isso ocorreu há cerca de nove horas da manhã e havia testemunhas de
várias nacionalidades, como medos, partos, africanos, egípcios, judeus,
árabes e galileus que ouviram falar das maravilhas de Deus. No entanto,
houve muitos que pensavam que estavam bêbados. Após o evento, o apóstolo
Pedro explica a profecia de Joel preenchidas para a igreja cristã.
Durante muitos anos o derramamento do Espírito Santo havia sido
reservada exclusivamente para os líderes nacionais e espirituais do povo
de Israel (os judeus do velho testamento bíblico), mas na época do
pentecostes foi concedido a "toda carne".
A Igreja do Novo Testamento cristão
O Novo Testamento relata que a igreja primitiva acreditava no batismo no Espírito Santo (
Atos 11:15-16).
Os escritores cristãos do segundo século usaram a palavra grega χάρισμα
ou carisma, o que significa "presente" ou "dom divino" para se referir a
estes dons, isto é, a mesma palavra que ele usou o apóstolo Paulo em
sua lista de dons do Espírito, que incluía o falar em línguas (1
Coríntios 12). Assim como os cristãos do primeiro século praticavam a
imposição das mãos para a ocorrência dessa experiência nos crentes (
Atos 8:14-17). A seguir estão vários eventos realizados em igrejas cristãs do Novo Testamento:
- A casa de Cornélio
De acordo com
Atos 10:46
em uma visão que teve o apóstolo Pedro no telhado de uma casa em Jope,
Deus revelou que devia amar seus companheiros, apesar de não-judeus,
porque diante de Deus não há acepção de pessoas. O centurião Cornélio da
corte italiana, enviados por ele para chegar a Cesareia. Pedro
concordou em ir a Cesareia por ordem de Deus, e chegou à casa de
Cornélio. Quando Pedro começou seu discurso, o Espírito Santo desceu
sobre os presentes e começaram a falar em línguas, glorificando a Deus.
- A Igreja em Éfeso
Quando o apóstolo Paulo chegou a Éfeso, ele encontrou uma situação
muito comprometedora. Os cristãos da igreja que tinham sido batizados
pelo batismo de João e nem sequer sabiam que existia o Espírito Santo,
depois de Paulo batizou-os na ordenança de Jesus e colocando as mãos
sobre eles veio o Espírito Santo e falaram em línguas e profetizaram. (
Atos 19:5).
- A Igreja na Samaria
Pedro e João tinham chegado a Samaria, onde havia um grupo de
cristãos batizados em água, mas não tinham sido batizados com o Espírito
Santo. É por isso que Pedro e João impuseram suas mãos sobre eles (
Atos 8:17).
Esta é a única passagem em Atos que não menciona que os crentes têm
falado em novas línguas e é muito discutido. No entanto, muitos grupos
pentecostais modernos, acreditam que se o fizessem, porque Simão o Mago,
que quis comprar o dom do Espírito Santo tinha visto um grande milagre.
Antecedentes históricos
São várias as instâncias de fenômenos que historiadores pentecostais
(como Allan Anderson) interpreta como predecessores do pentecostalismo.
- Inácio de Antioquia 67-110 d.C. afirmou em sua carta aos filadelfienses (Inácio aos filadelfienses 7:01) que profetizou pelo Espírito: "Estando
no meio de vós gritei, disse em alta voz, uma voz de Deus:'Permanecei
unidos (…)'. Aqueles suspeitaram que eu disse isso porque previa a
divisão de alguns, mas aquele pelo qual estou acorrentado é minha
testemunha que eu não sabia através da carne. Foi o Espírito que me
anunciou, dizendo: '(…), guardai vosso corpo como templo de Deus, amai a
união, fugi das divisões, sede imitadores de Jesus Cristo, como ele
também é do seu Pai". [6]
- Em sua carta a Policarpo, ele também declara: "Quanto
as coisas invisíveis, pode que te sejam manifestadas a ti, para que
nada te falte e tenhas abundância em todo dom espiritual". [7][8]
- Policarpo de Esmirna 70-160 d.C. teve uma revelação de Deus de como morreria. "Orando,
ele teve uma visão, três dias antes de o prenderem: viu seu travesseiro
queimado pelo fogo. Voltando-se para seus companheiros, disse: 'Devo
ser queimado vivo!'.[9]
- Justino Mártir
110-165 d.C. em seu diálogo contra o judeu Trifo recorda que os dons do
Espírito Santo, incluindo exorcismo, ainda estão em uso: "Recebendo
uma vez o espírito de discernimento, outro um conselho, outro uma cura,
outro de poder, outro de presciência, outro de ensino e outro de temor a
Deus. Os dons proféticos permanecem conosco até o presente tempo. Para
alguns (crerem) certamente em expulsar demônios, (…). Outros tem
conhecimento daquilo que vai acontecer; eles tem visões e pronunciam
expressões proféticas". [10]
- Irineu de Lião 130-202 d.C.. "De
igual modo nós todos ouvimos que muitos dos irmãos na igreja que têm
dons proféticos, e que falam em todas as línguas por intermédio do
Espírito, e que também trazem a luz os segredos dos homens para
benefício dos homens, e que expôem os mistérios de Deus."[11][12]
- Tertuliano 160-220 d.C. ao falar de Marcião, declarou o seguinte: "Para
provar o que os profetas têm falado, e não pelo sentimento humano, mas
pelo Espírito de Deus, como aqueles que previram o futuro e revelaram os
segredos do coração, que apresentam um salmo, uma visão, uma oração,
que é apenas pelo Espírito em um êxtase, ou seja, em um rapto ou num
arrebatamento toda vez que uma interpretação tem ocorrido."
Aparentemente Tertuliano descreveu parte da vida comum da Igreja
Ortodoxa e recomendou buscar o dom do Espírito Santo de profecia.[11]
- Pacômio
292-348 d.C. depois de momentos especiais podia, sob o poder do
Espírito falar os idiomas grego e latim que jamais havia aprendido."[13]
- Agostinho de Hipona 354-430 d.C. mencionou: "Fazemos
todavia o que os Apóstolos fizeram quando impuseram as mãos sobre os
samaritanos, invocando sobre eles o Espirito Santo. Mediante a imposição
de mãos esperamos que os crentes falem em novas línguas."[11]
- Simão o Novo Teólogo 949–1022 d.C. talvez o mais famoso cristão carismático da igreja Ortodoxa.
Seus relatos declaram muitas experiências espirituais, isto inclui um
'batismo no Espírito Santo' acompanhado por dons de copiosos prantos,
compunção, e visões de Deus.[14]
Embora não haja registros ou indícios de derramamento do Espírito
Santo durante a Idade Média, alguns autores mencionam que o valdenses,
albigenses, e os frades mendicantes, falaram em línguas na Europa
Meridional.
[15]
- Jansenitas 1640-1801 fizeram parte de um movimento agostiniano radical na Igreja Católica Romana (seu adepto mais famoso foi o cientista e apologista francês Blaise Pascal), alguns de seus adeptos em Port Royal
ficaram conhecidos pelos seus sinais e prodígios, dança espiritual,
curas, e elocuções proféticas. Alguns dizem que falaram em línguas
estranhas e interpretaram as línguas que lhes foram endereçadas.[14]
- Serafin de Sarov
1759-1833 líder carismático da igreja ortodoxa russa, afirmou que o
objetivo da vida cristã é a recepção do Espírito Santo. Serafim também é
lembrado pelo dom de cura.[14]
Os
huguenotes
foi o nome dado ao calvinistas da França, houve manifestações
carismáticas entre eles em Cevennes, durante a perseguição determinada
por Louis XIV. Em seguida, uma nota sobre os huguenotes:
Respeitando as
manifestações físicas, há pouca discrepância entre os relatos de amigos e
inimigos. As pessoas atingidas eram homens e mulheres, idosos e jovens.
Muitos eram crianças com idades entre os nove ou dez anos. Eles
emergiram do povo, disseram seus inimigos, da massa de ignorantes e sem
cultura; sem poder ler e escrever, em sua maioria, e falando o jargão da
província diariamente, que era a única coisa que poderia usar para
falar. Tais pessoas caíam repentinamente para atrás e, permaneciam
estendidas na terra, experimentavam contorções estranhas e aparentemente
involuntárias; seus peitos pareciam inchar-se e seus estômagos
inflar-se. Ao sair de tal condição, gradualmente voltavam a ganhar o
poder da fala instantaneamente. Começavam, muitas vezes, com uma voz
interrompida por soluços e logo derramavam torrentes de palavras,
clamores de misericórdia, chamados ao arrependimento, exortações aos
espectadores para que parassem de frequentar as missas, admoestações à
igreja de Roma e profecias relativas ao juízo vindouro. Da boca de
crianças emergiam textos da Escritura e discursos em um francês muito
bom e fácil de entender, um [francês] que nunca usavam quando estavam
conscientes. Quando o transe terminava, declaravam que não se lembravam
de nada do ocorrido de que haviam dito. Em raras ocasiões recordavam
impressões vagas e gerais, mas nada a mais. Não havia aparência de
engano, nem indicação de que ao pronunciar suas predições com relação a
eventos futuros, tivessem alguma ideia de prudência ou dúvida tocante a
veracidade do que haviam predito.
Um dos principais líderes desta igreja foi
George Fox, que pregou uma mensagem sobre a nova era do Espírito Santo, ele em seu diário, diz o seguinte:
No ano de 1648,
enquanto estava sentado na casa de um amigo em Notinghamshire (porque
desta vez o poder de Deus tinha aberto os corações de alguns para
receber a Palavra de vida e de reconciliação), vi que havia uma grande
fenda que passava por toda a terra, e um grande humo iba a medida que a
fenda se abria caminho; depois da fenda, ocorria uma grande terremoto.
Esta era a terra que havia nos corações das pessoas, a qual tinha que
ser sacudida antes que a semente de Deus fora levantada da tumba. E
assim sucedia: pois o poder de Deus começou a sacudi-los e grandes
ministrações de adoração eram conduzidas, de tal maneira, que poderosas
obras do Todo-Poderoso eram realizadas entre os crentes para o assombro,
tanto das gentes como dos sacerdotes.
Quando os cristãos
hussitas foram perseguidos na Boêmia, encontraram em Dresden,
Alemanha
um refúgio no qual podiam procurar a Deus. Em 1727 o conde Ludwig Graf
de Zinzendorf começou a organizar aos crentes desta corrente cristã em
uma única igreja. Durante o mês de julho criou reuniões e vigílias de
oração com os jovens, posteriormente encontrou um livro chamado
Ratio Disciplinae
o qual relatava como a igreja de Irineu se unia para buscar a presença
de Deus. Os morávios dizem que o Espírito desceu sobre eles, e grandes
sinais e maravilhas foram realizadas entre os irmãos naqueles dias,
prevalecendo uma maravilhosa graça entre si, e em todo o país."
[18]
John Wesley ministro anglicano e pai da
igreja Metodista
registra muitas histórias extraordinárias em seus diários, tais como a
cura de pessoas, de animais, e do poder do Espírito Santo através da
oração.
[19]
O Grande Despertamento foi um fenômeno espiritual que impactou a
Inglaterra e Estados Unidos entre os anos 1735 e 1750. Durante este
período teve grandes pregadores que influenciaram o pentecostalismo
moderno.
- George Whitefield
1714-1770. Ministro que aos 21 anos foi ordenado para pregar na
Inglaterra. Foi aos Estados Unidos em mais de nove ocasiões ensinando da
Geórgia até a Nova Inglaterra.[20]
- Jonathan Edwards
1703-1758. Aos seus 19 anos começou a pregar numa igreja em Nova
Iorque, depois foi ministro numa igreja de Yale e em 1726 foi pastor
associado da igreja de Northampton, Massachusetts, donde seria pastor
por mais de 25 anos, sendo uma das pessoas mais importantes do Grande
Despertamento. Se diz que quando foi pregar em uma vila, as tabernas
quebraram vazias e durante seus cultos ou reuniões, as pessoas gemiam e
choravam devido as pregações.[21]
- Charles Finney
1792-1875. Foi um ministro proeminente e representativo dessa época,
realizava grandes atividades evangelísticas. Implementava práticas
metodistas dentro de igrejas presbiterianas e congregacionalistas.
Pregava pontos wesleyanos como a santificação, e a perfeição cristã dada unicamente pelo Espírito Santo.
- Dwight L. Moody
1875. Ministro que pregava na cidade de Chicago e de Nova Iorque,
mencionou numa ocasião que tinha uma especial investidura de poder do
alto, um batismo claro e inequívoco do Espírito Santo.[22]
O
Movimento de Santidade foi um movimento que dava muita ênfase que nesta vida presente pela fé, é possível obter a inteira santificação, ou
perfeição cristã
através do Espírito Santo. A partir de 1840 se iniciou a pregar sobre o
batismo no Espírito Santo, seu principal contribuidor foi John Morgan, o
qual escreveu: "O dom do Espírito Santo, em sua plenitude pentecostal,
não devia restringir-se a igreja apostólica; é o privilégio
compartilhado por todos os crentes.
[carece de fontes]
Kittim Silva comenta que no ano de 1894 uns cem crentes foram
batizados com o Espírito Santo na Carolina do Norte, falando em novas
línguas. Eles pertenciam a um grupo religioso chamado União Cristã,
Igreja da Santidade e em 1907 mudaram para Igreja de Deus. Esta igreja é
conhecida como
Igreja de Deus de Cleveland, por ser o lugar donde adquiriu mais força.
[23]
Pentecostalismo moderno
Chama-se pentecostalismo histórico ou moderno o conjunto de igrejas
cristãs que a partir do século XX começaram enfatizar o sentir da
presença do Espírito Santo e a praticar a
glossolalia. Veja abaixo a sua descrição:
Pentecostalismo clássico
O pentecostalismo clássico é o que começou em 1901 entre cristãos que se reuniam em uma localidade na rua Azusa, em
Los Angeles, nos
EUA,
e simultaneamente em vários outros lugares na América do Norte. É a
maior corrente pentecostal entre todas as demais, pois está conformada
por organizações religiosas que se formaram naqueles anos e mantém
manifestações espirituais e doutrinas similares.
[24]
Dentro do pentecostalismo clássico norte-americano existem três
orientações principais: Santidade-Wesleyana, Vida Superior e Unitários.
[25]
Exemplos de denominações wesleyanas de santidade inclui a Igreja de
Deus em Cristo (IDC) e a Igreja Pentecostal Internacional de Santidade
(IPIS). A Igreja do Evangelho Quadrangular é um exemplo do ramo Vida
Superior junta com a Assembléia de Deus e com a Congregação Cristã.
Algumas igrejas unitárias incluem a
Igreja Internacional Pentecostal Unida (IPU),
Assembleia Pentecostal do Mundo (APM), e
Assembleias do Senhor Jesus Cristo (ASJC). Muitas igrejas pentecostais são afiliadas com a
Conferência Mundial Pentecostal. O pentecostalismo reivindica cerca de 588 milhões de adeptos no mundo inteiro.
[4]
História a partir de 1900
O movimento pentecostal de hoje traça seus vestígios da sua comunidade a uma reunião de oração no
Colégio Bíblico Betel, na cidade de
Topeka, estado do
Kansas, nos
Estados Unidos, em 1° de janeiro de 1901.
[26] Ali, muitos chegaram à conclusão de que falar em línguas era o sinal bíblico do Batismo no Espírito Santo.
Charles Parham foi o fundador desta escola, que mais tarde iria para a cidade de
Houston, no
Texas. Apesar da segregação racial em Houston,
William J. Seymour,
um pregador negro, foi autorizado a assistir a aulas bíblicas de
Parham. Seymour viajou para Los Angeles, onde sua pregação provocou o
Avivamento da Rua Azusa
em 1906. Apesar do trabalho de vários grupos wesleyanos avivalistas,
como Parham e D. L. Moody, o início do movimento pentecostal difundido
nos Estados Unidos, é geralmente considerado como tendo começado com
Seymour no avivamento da rua Azusa.
[27]
O avivamento na rua Azusa foi o primeiro avivamento pentecostal a
receber atenção significativa, e muitas pessoas de todo o mundo
tornaram-se atraídas pora ele. A imprensa de Los Angeles deu muita
atenção ao aviamento de Seymour, o que ajudou a alimentar o seu
crescimento.
[28]
Um número de novos grupos menores iniciou-se, inspirado nos
acontecimentos deste avivamento. Os visitantes internacionais e
missionários pentecostais acabariam por trazer estes ensinamentos para
outras nações, de modo que praticamente todas as denominações
pentecostais clássicas hoje traçam suas raízes históricas no avivamento
da rua Azusa.
William Seymour, líder do avivamento da rua Azusa
Logo cedo os pentecostais foram incentivados por seu entendimento de
que todo o povo de Deus poderia profetizar nos últimos dias antes da
segunda vinda de Cristo. Eles olharam para as passagens bíblicas sobre o
Pentecostes no segundo capítulo de Atos, em que Pedro citou a profecia
contida em Joel 2: "Nos últimos dias, Deus diz: Eu derramarei meu
Espírito sobre todos os povos. Vossos filhos e filhas profetizarão,
vossos jovens terão visões, vossos velhos terão sonhos. "(NVI) Assim,
quando a experiência de falar em línguas espalhou-se entre os homens e
mulheres da rua Azusa, um sentido de urgência tomou conta, quando eles
começaram a olhar para o Segunda Vinda de Cristo. No início os
pentecostais se viam como peregrinos na sociedade, dedicando-se
exclusivamente a preparar o caminho para a volta de Cristo.
[29][30]
O pentecostalismo, como qualquer outro movimento importante, deu
origem a um grande número de organizações com diferenças políticas,
sociais e teológicas. O movimento inicial foi contracultural:
Afro-americanos e as mulheres foram importantes líderes do avivamento da
rua Azusa, o que ajudou a espalhar a mensagem Pentecostal muito além de
Los Angeles. Com o avivamento começando a diminuir, no entanto,
diferenças doutrinárias começaram a surgir como a pressão da evolução
social, cultural e político da época começou a afetar a igreja. Como
resultado, mais divisões, isolacionismo, sectarismo e mesmo o aumento do
extremismo eram aparentes.
Influências
Alguns líderes cristãos que não faziam parte do início do movimento
pentecostal mantinham um alto respeito pelos líderes pentecostais.
Albert Benjamin Simpson
tornou-se estreitamente envolvido com o crescente avivamento
pentecostal. Era comum aos pastores pentecostais e missionários
receberem a sua formação no
Missionary Training Institute fundado
por Simpson. Devido a isso, Simpson e a Aliança Missionária e Cristã (C
& MA), o qual Simpson também fundou, teve uma grande influência
sobre o pentecostalismo, em particular, as Assembleias de Deus e a
Igreja Internacional do Evangelho Quadrangular. Essa influência inclui a
ênfase evangelística, doutrina da (C & MA), hinos e livros de
Simpson, bem como a utilização do termo "Evangelho Tabernáculo", que
evoluiu nas igrejas pentecostais tornando-se "Evangelho Pleno
Tabernáculo". Charles Price Jones, um líder Santidade afro-americano e
fundador da Igreja de Cristo, é outro exemplo. Seus hinos são amplamente
cantados em convenções nacionais da Igreja de Deus em Cristo e em
muitas outras igrejas pentecostais.
Afro-americanos
Os afro-americanos desempenharam um papel importante no início do
movimento pentecostal. A primeira década do pentecostalismo foi marcada
por reuniões inter-raciais, "… os brancos e os negros se misturam em um
frenesi religioso", observou um jornal local, numa época quando as
instalações do governo eram separadas racialmente e leis de Jim Crow
estavam prestes a ser codificadas. Enquanto as assembleias inter-raciais
que caracterizava a rua Azusa continuou por vários anos, mesmo no sul
segregado, o entusiasmo e apoio para estes conjuntos, eventualmente
caiu.
Mulheres
Início das funções
As mulheres foram o catalisador inicial do movimento pentecostal.
[31]
visto que os Pentecostais creem na presença e interação do Espírito
Santo em seus cultos, e que os dons vieram sobre homens e mulheres, o
uso dos dons espirituais foram incentivados em todos. O intenso ambiente
inconvencional e emocional gerado no culto Pentecostal encontra-se
duplamente promovido, e foi por si mesmo criado outras formas de
participação tal como testemunho pessoal, oração espontânea e canto.
Mulheres não foram proibidas de entrar nesse fórum, e no início do
movimento a maioria dos convertidos e seguidores da igreja eram
mulheres.
[32]
Desde que o movimento contou com a esforços ea participação de membros
leigos, tanto dentro como fora da igreja, as mulheres ganharam grande
influência cultural no pentecostalismo e ajudaram a moldá-lo. Mulheres
escreveram canções religiosas, editaram jornais pentecostais, ensinaram e
dirigiram escolas bíblicas.
[33]
A preponderância de seus adeptos do sexo feminino podem resultar da
disponibilidade de tais oportunidades para as mulheres desde o início do
movimento. Além disso, as provas de três dos mais antigos grupos
pentecostais, Assembleia de Deus, a Igreja de Deus (Cleveland,
Tennessee) e a Igreja Internacional do Evangelho Quadrangular, mostra um
número de mulheres atuando como clero e missionárias. Pouco depois das
Assembleias de Deus, formada em 1914, a listas do clero mostram que um
terço dos seus ministros eram mulheres. Em 1925, embora o número de
ministros do sexo feminino caiu significativamente, de dois terços de
seus missionários estrangeiros ainda eram mulheres. Quando a Igreja de
Deus foi formada em 1906, um terço dos seus fundadores eram mulheres.
Quando
Aimee Semple McPherson
começou a Igreja Internacional do Evangelho Quadrangular em 1923, as
mulheres só estavam servindo um terço dos ramos da igreja, como pastores
e casais atuou como copastores para outra congregações dezesseis anos.
[34]
Outros aspectos do pentecostalismo também promoveu a participação das mulheres. Apontando para proclamação de
Pedro
da profecia bíblica Joel 2:28, Pentecostais focaram sua atenção sobre o
fim dos tempos, durante o qual Cristo iria retornar. Dado que o batismo
do Espírito Santo levou ao falar em línguas, quem foi abençoado com
este dom que têm a responsabilidade de usá-lo para a preparação para a
segunda vinda de Cristo.
[30][35]
Devido a esta responsabilidade, as restrições que a cultura ou de
outras confissões sobre as mulheres eram frequentemente ignoradas
durante a parte inicial do movimento. Joel 2:28 também especificamente
incluiu as mulheres, dizendo que ambos os filhos e filhas e servos do
sexo masculino e feminino receberiam o Espírito Santo, e profecia no fim
dos tempos. Assim, o foco sobre os dons espirituais, a natureza do
ambiente de adoração, e o pensamento dispensacionalista incentivava
todas as mulheres a participar em todas as áreas do culto.
Agnes Ozman
Mesmo antes da rua Azusa, as mulheres levaram seus próprios avivamentos como um resultado de
Agnes Ozman
falando em línguas no colégio bíblico de Parham. A Sra. Waldron e uma
Sra, Hall, por exemplo, trouxeram a mensagem pentecostal de Kansas a
Zion, Illinois, onde elas ministraram e mais tarde Parham foi convidado a falar.
[36] Agnes Ozman evangelizou completamente o Centro-Oeste depois de sair do Kansas
[30] Quando Parham mudou o seu ministério para Houston, Texas, oito dos seus quinze trabalhadores eram mulheres.
[30]
Outras mulheres que participaram do Colégio Bíblico Betel, também
convidadas, ou foram enviadas para missões ou a igrejas por Parham, para
ajudar a fortalecer os avivamentos locais
[36] Além disso, dos doze anciãos que Parham inicialmente apontou para ir a rua Azusa, seis eram mulheres.
[37]
Enquanto William J. Seymour é normalmente considerado como o líder do
avivamento da rua Azusa, um número significativo de mulheres também
contribuiu para o avivamento, dependendo de quais contas são
consideradas de primeira mão, a liderança das mulheres no avivamento ou é
negligenciada ou enfatizada. Mais relatos históricos foram
disponibilizados aos homens, e estes autores tendem a representar
William J. Seymour como o líder principal, com outros homens como
Charles Fox Parham e Edward Lee em importantes papéis de apoio. No
entanto, mulheres como Julia Hutchins, Lucy Farrow e Neely Terry, foram
importantes em suas próprias atribuições, muitas vezes foram
desenfatizadas. Por outro lado, o relato da mãe Emma Cotton, pastora de
uma grande Igreja de Deus em Cristo, congregação em Los Angeles,
inverteu a importância relativa dos homens com as mulheres.
Independentemente de quem teve a maior participação na liderança do
avivamento, parece geralmente seguro para concluir que a liderança
global no avivamento da rua Azusa foi partilhada entre homens e
mulheres.
[38]
É preciso também ter em mente que a ideia de liderança humana no
sistema de crença pentecostal é um pouco equivocada, os participantes
consideraram o Espírito Santo o verdadeiro líder, e apenas a si mesmos
como os vasos por onde ele trabalha.
[39]
Mulheres, de conduta, também saíram do avivamento da rua Azusa.
Florença Crawford foi uma proeminente convertida da rua Azusa. Enquanto
na Missão Azusa, ela era ativa no jornal da
A Fé Apostólica e se
tornou uma das primeiras da rua Azusa a evangelizar, principalmente
através do Meio-Oeste dos Estados Unidos. Mais tarde, ela se mudou para
Portland, onde ela estabeleceu a
Missão de Fé Apostólica e ministrou. Clara Lum também foi uma figura importante da rua Azusa. Aqui, ela coeditou
A Fé Apostólica com Seymour. Ophelia Wiley também trabalhou para
A Fé Apostólica
escrevendo artigos. Ela pregou na rua Azusa e evangelizou todo o
noroeste dos Estados Unidos. Jennie Moore era uma líder ativa do
avivamento da rua Azusa que se casou com Seymour e ajudou a liderar a
congregação. Abundio e Rosa Lopez estavam ativas na rua Azusa e mais
tarde levaram o culto nas ruas das seções hispânica de Los Angeles.
[37][40]
Outras evangelistas e missionárias da rua Azusa incluem Ivey Campbell
que pregou ao longo de Ohio e Pensilvânia, Louisa Condit foi para
Oakland, Califórnia, e em seguida em Jerusalém; Lucy Leatherman
evangelizado em
Israel,
Egito,
Chile e
Argentina; Julia Hutchins evangelizou na
Libéria;
E G.W. Daisy e Batman eram missionárias na Libéria. Globalmente, cerca
da metade dos missionários, evangelistas e viajantes no exterior eram
mulheres.
[37][40][41]
Mudanças nos papéis das mulheres
Apesar da liderança das mulheres no início do movimento, muitos
tinham dúvidas sobre os papéis de mulheres realizada neste momento, e
assim hesitaram em sua luta para avaliar o próprio papel e a posição das
mulheres dentro das igrejas pentecostais. Em
Mulheres no pentecostalismo,
diz Edith Blumhofer da participação das mulheres: "o pastorado, não o
púlpito, foi historicamente sido o maior obstáculo para as mulheres
pentecostais pede o reconhecimento do ministério completo."
[42]
A liberdade que as mulheres tiveram no início do movimento
pentecostal aos cargos de liderança mais autoritários ou posições de
lideranças oficiais diminuiu por um número de razões. Durante o inicio
do movimento, a ideologia restauracionista estimulou os pentecostais a
restaurar o cristianismo a uma definição do Novo Testamento, sugeriu-se
ambos papéis liberado e restrito para as mulheres.
[43]
Enquanto o restauracionismo enfatizou o papel do Espírito Santo e a
igualitária profecia de Joel, eles também tiveram de considerar os
escritos do apóstolo
Paulo de Tarso
no Novo Testamento. Ao fazer isso, o restauracionismo também destacou o
carácter aparentemente contraditório da teologia a respeito dos papéis
das mulheres. Por um lado, as instruções de Paulo sobre a propriedade de
culto em 1 Coríntios 11 parecia admitir a existência de mulheres
profetizando e orando na igreja. No entanto, em outras passagens, ou
seja, 1 Timóteo 2:12, ele alertou que "eu não permito que a mulher
ensine ou tenha autoridade sobre um homem, ela deve ficar em silêncio."
(NIV)
[44][45]
Assim, enquanto o imediatismo e o fervor da atmosfera do início do
avivamento foram cedendo, as questões de autoridade e organização de
igrejas surgiram. O institucionalismo se enraizou. Quando ficou claro
que ambos os homens e as mulheres falavam em línguas, muitos começaram a
ver isso como um presente de um não-intelectual,
[46]
sustentando que atos mais intelectuais, como a pregação, deve ser
realizada apenas por mulheres em condições controladas pelos líderes do
sexo masculino. O retrocesso do início do movimento pentecostal permitiu
uma abordagem mais socialmente conservadora as mulheres em acomodação, e
como um resultado da participação feminina foi dirigida a uma maior
solidária e papéis tradicionalmente aceitos. O institucionalismo trouxe a
segregação de gênero e as Assembleias de Deus, juntamente com outros
grupos pentecostais, criaram organizações de mulheres auxiliares. Nessa
época, as mulheres se tornaram muito mais provavelmente em missionárias
ou evangelistas que pastores, quando elas eram pastores, muitas vezes
eram co-pastores com seus maridos. Isso também se tornou a norma para os
homens para manter todas as posições oficiais: os membros do conselho,
os presidentes da faculdade, e administradores nacionais. Enquanto o
início do movimento evitou o denominacionalismo por causa da
espiritualidade morta vistas em outros segmentos protestantes,
posteriormente as igrejas pentecostais começaram a se espelhar na
tradição comum da comunidade evangélica. Assim, a forma mais democrática
de se abordar outras coisas, seja homem ou mulher, leigo ou líder, ou
como "irmão" ou de "irmã", deu lugar a mais títulos regulares como o
"reverendo".
[47][48] Hoje, porém, alguns grupos continuam a ordenar mulheres.
A cultura também contribuiu para a limitação do papel das mulheres
nas igrejas pentecostais. A visão social das mulheres como os guardiões
morais da sociedade começou a desvanecer-se como
flappers na
década de 1920 veio para a cena, provocando suspeitas sobre a moral das
mulheres. Desde quando os pentecostais quiseram distanciar-se tanto
quanto possível da modernidade, a "nova mulher" era uma imagem terrível.
Assim, os pentecostais, se agarrarem na visão mais tradicional da
mulher no lar e na sociedade.
[30][49]
Movimento da Chuva Tardia
O Movimento da Chuva Tardia começou fora de uma escola bíblica independente em
Saskatchewan,
Canadá,
E se espalhou entre os muitos grupos pentecostais em 1940. Os seus
líderes ensinavam "um congregacionalismo extremado", onde a autoridade
local era exercida por um restaurado ministério quíntuplo, liderada por
apóstolos que através da imposição de mãos poderiam conceder dons
espirituais.
[50]
Muitos grupos pentecostais tradicionais, como as Assembleias de Deus e a
comunhão pentecostal da América do Norte, foram críticos desse
movimento e condenaram muitas de suas práticas como sem base bíblica.
Uma das razões para o conflito entre as denominações tradicionais e da
"Nova Ordem", como o movimento também foi chamado, foi a tendência dos
líderes da
Chuva Tardia rotularem grupos existentes como "apostatas" e "a antiga Igreja apóstata da Inglaterra".
[50] O Movimento da Chuva Tardia foi a controvérsia mais importante a afetar o pentecostalismo desde II Guerra Mundial.
Movimento carismático
No final dos anos 1960 e início dos anos 1970, os cristãos das
igrejas tradicionais nos Estados Unidos, Europa, e outras partes do
mundo começaram a aceitar a idéia pentecostal que o batismo no Espírito
Santo está disponível aos cristãos de hoje, ainda mesmo se não
aceitassem outros princípios do pentecostalismo formal. O movimento
carismático começou a crescer nas principais denominações. Emergiram
carismáticos episcopais, luteranos, católicos, metodistas, batistas e
durante esse período de tempo,
carismático foi utilizado para se
referir a movimentos semelhantes que existiam dentro das denominações.
Pentecostais, por outro lado, usaram o termo para se referir àqueles que
faziam parte das igrejas e denominações que cresceram a partir do
início do avivamento da rua Azusa. Ao contrário dos pentecostais
clássicos, que formaram estritamente congregações ou denominações
pentecostais, carismáticos adotaram como seu lema, "floresça onde Deus
plantou você."
Nas últimas décadas, muitas igrejas carismáticas independentes e
ministérios formaram ou se desenvolveram suas próprias denominações,
igrejas e associações, como o
Movimento da Vinha.
Na década de 1960 e ainda hoje, muitas igrejas pentecostais ainda são
rigorosas com os códigos de vestimenta e proíbem determinadas formas de
entretenimento, criando uma distinção cultural entre os carismáticos e
pentecostais. Há uma grande sobreposição entre o agora e os movimentos
carismáticos pentecostais, apesar de alguns pentecostais ainda manterem
um entendimento estrito de "princípio de santidade de vida".
Movimento neocarismático ou neopentecostal
O "movimento" neocarismático é uma coleção ampla de grupos carismáticos independentes e
pós-denominacionais. É o movimento mais recente do cristianismo carismático, e também os mais numeroso.
[51]
Esse movimento integra o que é chamado de "terceira onda do Espírito Santo", um termo cunhado por
C. Peter Wagner.
Wagner descreveu o pentecostalismo como a "primeira onda", e o
movimento carismático como a "segunda onda". Os editores da obra
The New International Dictionary of Pentecostal and Charismatic Movements "ampliado e remarcado", o termo "terceira onda" para "neocarismático".
[52] "Terceira onda" tem mais um foco
ocidental.
Grupos independentes
Muitos pequenos grupos independentes não conectados com as igrejas
pentecostais clássicas se desenvolveram. Muitas vezes tendo um líder
carismático, esses grupos estão constantemente emergindo e formando
novos grupos dentro do movimento. Alguns desses movimentos independentes
podem também ser considerados como "carismáticos" em vez de
pentecostais, eles incluem os seguidores de Charles Simpson do movimento
da igreja Aliança, os seguidores de
Kenneth Hagin e
Kenneth Copeland do
Movimento Palavra de Fé, e os seguidores de
Earl Paulk da
teologia do reino agora.
[53]
Alguns desses grupos tem obtido sucesso na utilização da mídia de
massa, especialmente televisão e rádio, para difundir a sua mensagem.
Esses novos movimentos estão muitas vezes em desacordo com os
pentecostais clássicos sobre diferentes doutrinas e práticas. Muitos
líderes pentecostais procuram se distanciar deles e também as suas
organizações desses movimentos mais recentes.
Crença
Visão geral
Pentecostais enfatizam o ensino do "evangelho pleno" ou "evangelho
quadrangular". O termo "quadrangular" refere-se as quatro crenças
fundamentais do pentecostalismo: Jesus salva, conforme
João 3:16; batiza com o Espírito Santo, conforme
Atos 2:4; cura o corpo, conforme
Tiago 5:15; e está vindo novamente para aqueles que foram salvos, conforme
I Tessalonicenses 4:16–17.
[54] Eles são
evangelicais na medida em que enfatizam a confiabilidade da
Bíblia e a necessidade de transformação de vida do indivíduo por meio da fé em
Jesus.
[55]
Pentecostais, assim como outros evangelicais, geralmente aderem às doutrinas da
divina inspiração e da
inerrância bíblica, alguns ainda subscrevem à doutrina da
infalibilidade bíblica.
[56] Essa crença é expressa nas declarações doutrinárias de diversas organizações pentecostais, como a
Declaração de Verdades Fundamentais das Assembléias de Deus, a
Afirmação de Fé da
Igreja de Deus em Cristo, e a
Declaração de Fé da
Igreja do Evangelho Quadrangular. Entretanto, pentecostais diferem de outros evangelicais por rejeitarem o
cessacionismo.
[57] Pentecostais acreditam que os dons espirituais, assim como o
falar em línguas e
profecia, não cessaram após o fechamento do
cânon bíblico e ainda estão disponíveis para os cristãos modernos.
Para evitar confusão quando se estuda as crenças pentecostais, os
teólogos Duffield e Van Cleave identificam três usos distintos da
palavra "
batismo" pelos pentecostais ao analisar o
Novo Testamento[58]:
- Batismo para dentro do corpo de Cristo: Refere-se à salvação.
Todo crente em Cristo é feito parte de seu corpo, a Igreja, através do
batismo. O Espírito Santo é o agente, e o corpo de Cristo é o meio.[58]
- Batismo em água: Simboliza o morrer para o mundo e o viver em
Cristo, o batismo nas águas é um símbolo externo do que já foi
realizado pelo Espírito Santo, a saber, o batismo para dentro do corpo
de Cristo.[59]
- Batismo com o Espírito Santo: Esta é uma experiência de
capacitação distinta do batismo para dentro do corpo de Cristo. Neste
batismo, Cristo é o agente e o Espírito Santo é o meio.[58]
Salvação
Uma congregação pentecostal no
Brasil.
A crença central do pentecostalismo é que através da
morte,
sepultamento e
ressurreição de Jesus Cristo, os
pecados podem ser perdoados e a humanidade
reconciliada com Deus.
[60] Este é o
Evangelho ou "boa notícia". A exigência fundamental do pentecostalismo é que as pessoas sejam
nascidas de novo.
[61] O novo nascimento é recebido pela
graça de Deus mediante a
fé em Cristo e a sua aceitação como Senhor e Salvador pessoal.
[62] No nascer de novo, o crente é
regenerado,
justificado,
adotado na família de Deus, e
santificado.
[63] A soteriologia pentecostal é geralmente mais
arminiana que
calvinista.
[64] A
segurança do crente é uma doutrina realizada dentro do pentecostalismo, no entanto, fé e
arrependimento são necessários para a salvação e continuam a ser necessários para a continuação dessa salvação.
[65] Pentecostais acreditam em um
céu e um
inferno literais, o primeiro para aqueles que aceitaram o dom divino da salvação, e o segundo para aqueles que o têm rejeitado.
[66]
Também, a maioria não acredita que o batismo no Espírito ou
falar em línguas seja necessário para a salvação; contudo, os crentes são incentivados a procurar essas experiências.
[67][68][69]
Batismo no Espírito
A crença e prática pentecostal centraliza-se sobre sua compreensão de plenitude ou
Batismo no Espírito Santo.
A maioria dos pentecostais creem que no momento do novo nascimento
(regeneração), o novo crente tem a presença do Espírito Santo
(habitação).
[68]
Enquanto o Espírito "habita" em cada cristão, pentecostais creem que
Cristo deseja "encher" o crente com o Espírito Santo. Para os
pentecostais, este "enchimento" ou batismo com o Espírito Santo é uma
experiência definitiva que acontece depois da salvação e capacita
aqueles que foram cheios com o poder a servir e testemunhar, e também
experimentar os dons espirituais descritos na Bíblia.
[70]
A posição defendida pela maioria dos grupos pentecostais sobre os
cristãos que não tiveram a experiência de ser batizado no Espírito Santo
pode ser resumido nesta declaração da
Assembleia de Deus dos EUA :
o Espírito está
operando em todos os cristãos, sejam batizados no Espírito ou não. Deus
também pode usar e não usar os cristãos que, por uma razão ou outra, não
receberam a experiência do Batismo. Nunca devemos desvalorizar este
ministério. Ainda assim, reconhecemos o batismo no Espírito Santo fará
da vida e do ministério ainda mais eficaz.[71]
Tradicionalmente, os pentecostais ensinam que a "evidência física
inicial" do batismo no Espírito Santo é o falar em línguas. Embora falar
em línguas seja um sinal imediato e óbvio de quem foi cheio do Espírito
Santo, esta não é a única evidência. Grupos pentecostais que aderem à
doutrina da evidência inicial creêm que falar em línguas "é seguido por
todas as evidências da semelhança de Cristo que marca uma vida coerente
cheia do Espírito Santo".
[72]
Apesar do falar em línguas frequentemente receber forte ênfase entre
os pentecostais, a maioria também reconhece outros dons sobrenaturais
que podem ser recebidos a partir do Espírito Santo. A maioria dos
pentecostais reconhecem que nem todos os cristãos, necessariamente,
recebem todos esses dons. Uma lista é frequentemente citada em 1
Coríntios 12:8-11 que inclui os seguintes dons:
palavra de sabedoria (capacidade de fornecer orientação sobrenatural em decisões),
palavra de conhecimento (transmissão de informações fatuais do Espírito),
fé,
cura,
operação de milagres,
profecia (pronunciamento de uma mensagem de Deus, não necessariamente envolvendo o conhecimento do futuro),
discernimento de espíritos (capacidade de dizer se os maus espíritos estão em serviço),
línguas, e
interpretação de línguas.
[70]
Dons espirituais
Pentecostais são
continuacionistas, isso significa que eles acreditam que todos os dons espirituais, incluindo os miraculosos ou "dons", encontrados em
1 Coríntios 12:4-11,
12:27-31,
Romanos 12:3-8, e
Efésios 4:7-16 continuam a operar dentro da igreja no tempo presente.
[73] Pentecostais colocam os dons do Espírito em contexto com o
Fruto do Espírito Santo.
[74]
O fruto do Espírito é o resultado do novo nascimento e do contínuo
permanecer em Cristo. É pelo fruto exibido que o caráter espiritual é
julgado. Os dons espirituais são recebidos como resultado do batismo com
o Espírito Santo. Os dons são livremente dados pelo Espírito Santo, não
podem ser ganhos ou merecidos, eles não são um critério adequado para a
avaliar a vida ou maturidade espiritual de alguém.
[75] Pentecostais ver nos escritos bíblicos de Paulo uma ênfase em tanto ter caráter quanto poder, exercendo os dons em amor.
Assim como fruto deve ser evidente na vida de cada cristão, os
pentecostais acreditam que para cada crente cheio do Espírito foi dado
alguma capacidade para a manifestação do Espírito.
[76]
É importante notar que o exercício de um dom é uma manifestação do
Espírito, não da pessoa dotada e, apesar dos dons operarem através de
pessoas, eles são principalmente dons dados à igreja.
[75]
Eles são valiosos apenas quando ministram ganho espiritual e edificação
para o corpo de Cristo. Escritores pentecostais apontam que as listas
de dons espirituais no Novo Testamento parecem não ser exaustivas.
Acredita-se que há tantos dons como existem ministérios úteis e funções
na igreja.
[76]
Um dom espiritual é muitas vezes exercido em parceria com outro dom.
Por exemplo, em um culto numa igreja pentecostal, o dom de línguas pode
ser exercido seguido pela operação do dom de interpretação.
De acordo com os pentecostais, todas as manifestações do Espírito
devem ser julgados pela igreja. Isto é possível, em parte, pelo dom de
discernimento de espíritos,
que é a capacidade de discernir a se fonte de uma manifestação
espiritual é o Espírito Santo, um espírito maligno, ou o espírito
humano.
[77]
Profecia
Pentecostais normalmente concordam com o princípio protestante do
Sola Scriptura. A Bíblia é a " única regra do suficiente de fé e prática", ela é "fixa, completa, e uma revelação objetiva".
[78]
Paralelamente a este grande respeito pela autoridade das Escrituras
está a crença de que o dom de profecia continua a ser dado aos crentes
em tempos pós-bíblicos. A profecia não é compreendida pelos pentecostais
como a capacidade de pregar, embora a profecia e a pregação possam
sobrepor-se às vezes. Pentecostais definem profecia como uma
"manifestação espontânea da graça de Deus, recebida por revelação, (às
vezes como uma visão, em outros momentos como sentimentos ou
pensamentos) e falada pelo Espírito através de um cristão, na língua dos
destinados à ouvir a palavra profética. Se vinda como palavra falada em
uma situação específica".
[79]
Como todos os dons, a profecia é dada a comunidade cristã para
encorajar e fortalecer a fé. A profecia sempre está subserviente e sob a
autoridade das Escrituras.
[80]
Falar em línguas
Falar em línguas é uma distintiva prática pentecostal. Um crente
pentecostal em uma experiência espiritual pode vocalizar fluentemente
expressões ininteligíveis (
glossolalia), ou articular uma linguagem alegadamente natural até então desconhecida para ele (
xenoglossia).
Dentro do pentecostalismo, geralmente há uma distinção entre dois
tipos de línguas. Primeiro, muitos a vêem como a evidência inicial do
Batismo no Espírito Santo, quando um crente fala em línguas pela
primeira vez.
[81] A maioria das denominações pentecostais a consideram como o sinal de que o crente está cheio do Espírito Santo.
[67] Segundo, pentecostais frequentemente referem-se a um dom de línguas.
[81]
Isto é, quando uma pessoa é movida por Deus para falar em línguas
"conforme o Espírito Santo lhes concedia" (At 2:4). Este dom de línguas
pode ser exercido em qualquer lugar, mas muitas denominações insistem
que só deve ser exercido quando uma pessoa que tem o dom de
interpretação de línguas está presente, mesmo que seja outra pessoa, ou o
mesmo que dá a língua. O intérprete deve traduzir a língua estranha na
língua nativa dos cristãos, para que todos possam entender a mensagem.
Estes regulamentos de ordem da igreja são tomadas de (1Co 14.13) e (1Co
14.27-28).
Muitos pentecostais, principalmente após o crescimento e a influência do movimento carismático, acreditam que o
dom de línguas é diferente de
línguas como uma lingua de oração ou
falar em línguas (uma língua desconhecida). De acordo com este ponto de vista,
falar em línguas é uma declaração concedida por Deus para a oração, e
o dom de línguas
é um raro milagre em que Deus permite que um cristão fale em uma língua
estrangeira que não tenha previamente estudado a fim de proclamar o
evangelho. Outros pentecostais acreditam que elas são tudo a mesma
coisa, em que o dom de línguas seja falar línguas desconhecidas
(incluindo a dos
anjos) não com a finalidade de se comunicar com os outros, mas para "a comunicação entre o espírito e Deus".
[82]
Quando utilizado esse caminho, falar em línguas é muitas vezes referido
como uma "lingua de oração". Alguns grupos de pentecostais enfatizam a
ideia de falar em línguas somente quando o Espírito Santo vem sobre um
indivíduo, e não crêem que alguém pode legitimamente falar em línguas na
vontade.
No início do século 20, a maioria dos missionários pentecostais,
juntamente com proeminentes líderes pentecostais, sustentaram que o
falar em línguas era uma forma de xenoglossia em que o Espírito Santo
lhes permite falar em outras línguas. Contínuas investigações
repetidamente concluíem que o falar em línguas era uma forma de dicção
que faltava toda a
estrutura sintática, e quase sempre consistia de sílabas tiradas da língua materna do orador, teólogos pentecostais redefiniu suas crenças.
[83]
A maioria prega agora que falar em línguas é uma lingua de oração
pessoal, ou glossolalia, com as excepções acima referidas, não
xenoglossia.
Cura
Membros da Igreja Pentecostal de Deus oraram por uma menina em 1946 em Lejunior,
Kentucky
Orar pelos doentes é uma importante prática em muitas igrejas
pentecostais. As práticas variam, mas geralmente esta oração inclui o
pastor
ungir o doente com azeite e a ajuda dos anciãos da igreja, juntamente com os colaboradores pastorais, e a
imposição de mãos sobre o requerente da oração.
[84] Baseado no relato de
Atos 19:11-12, alguns pentecostais ungem e oram sobre "panos de oração", que podem ser colocados perto de uma parte do corpo doente.
[85]
Outras práticas distintas
Além dos dons espirituais, alguns pentecostais creêm em outras
manifestações (respostas físicas) da presença do Espírito Santo. Dois
dos exemplos mais conhecidos são o dançar no Espírito e, o que é
descrito como,
[86] uma forma de
prostração conhecida como "
cair no Espírito".
[87]
Embora fenômenos como estes estejam presentes no pentecostalismo desde o
seu início, nem todos os pentecostais concordam com a legitimidade
bíblica e adequação de algumas ou de todas as formas de manifestações
físicas. A frequência e a importância de sua ocorrência em um culto
pentecostal pode variar, de ser comum em uma igreja local a ser
inexistente em outra. Matando e dançar no Espírito são duas práticas
originadas no pentecostalismo clássico, mas agora são mais comuns entre
os
neo-pentecostais e os grupos carismáticos.
Tradicionalmente, dançar no Espírito é definido como,
...um único
participante espontaneamente "dançando" com os olhos fechados, sem
esbarrar em pessoas ou objetos próximos, obviamente sob o poder e
orientação do Espírito.... Se a experiência acontece, é porque o
adorador (sic) tornou-se tão extasiado com a presença de Deus que o
Espírito toma o controle dos seus movimentos físicos, bem como o ser
espiritual e emocional.[87]
Uma definição diferente, mais recente de dançar no Espírito
desenvolveu-se também entre alguns pentecostais. Esta compreende o
dançar no Espírito como um ato de adoração congregacional, semelhante ao
canto e oração. Segundo esta definição, ela é uma "dança espontânea
pela congregação (geralmente no lugar e sem parceiros)".
[88]
Aqueles que aderem à definição tradicional tendem a desencorajar a
identificação do último tipo com a dança no Espírito. Ser arrebatado no
Espírito (também conhecido como "cair sob o poder") é um fenômeno no
qual uma pessoa cai (geralmente) para trás ao mesmo tempo que estava
orando.
[87] Pentecostais creêm que o cair pode ser causado por "uma grande experiência da presença de Deus".
[88]
Embora não seja um exemplo de manifestações do Espírito, a "marcha para
Jericó" é um exemplo de uma prática tradicional pentecostal rara que
não viu avivamento nas igrejas independentes carismáticas. Trata-se de
uma congregação marchando com gritos de oração e cantando.
[89]
Ordenanças e práticas
Como em outras igrejas cristãs, os pentecostais acreditam que certos
rituais ou cerimônias foram instituídos como um padrão e ordenação por
Jesus no Novo Testamento. Alguns pentecostais preferem chamar estas
cerimônias de
ordenanças, em vez de
sacramentos.
Muitos cristãos chamam isso de sacramentos, no entanto, este termo não é
utilizado por alguns pentecostais que não vêem as ordenanças como meios
de graça.
[85]
Como alternativa o termo ordenança sacerdotal é utilizado para designar
a crença distinta de que a graça é recebida diretamente de Deus para o
congregante com o oficiante servindo apenas como um canal.
A ordenança do
batismo é o símbolo exterior de uma conversão interior, que já teve se realizou. Portanto, a maioria dos grupos pentecostais pratica o
batismo de crentes por
imersão.
As visões pentecostais sobre o batismo são divididas em dois campos
principais: a corrente trinitária e o "Nome de Jesus" ou "Só Jesus". A
corrente trinitária ensina que a formulação exata da fórmula batismal é
irrelevante, já que é a autoridade de Deus e a obediência do
destinatário que forma os fatores críticos. A doutrina do "Nome de
Jesus" declara que o batisador deve usar uma fórmula que diz: "Em nome
do Senhor Jesus Cristo", em vez da tradicional fórmula trinitária comum a
praticamente todas as outras igrejas cristãs. Este ponto de vista
surgiu da "Nova Emanação" ou "Nova Revelação" que Frank Ewart, um
pregador batista australiano, alegou ter recebido como uma profecia
divina, em 1913,
[90] e é largamente realizada hoje pelos pentecostais unitários.
A ordenança da
Comunhão é vista como uma ordem direta dada por Jesus na
Última Ceia, a ser feito em sua memória. Algumas igrejas pentecostais usam suco de uva, em vez de vinho.
[91][92]
Lava-pés também é tido como uma ordenança por alguns pentecostais, especialmente a
Igreja Internacional Pentecostal unida (IIPU) e a
Igreja de Deus em Cristo (IDC).
[93][94] É considerado uma "ordenança de humildade", porque Jesus mostrou humildade ao lavar os pés dos discípulos em João 13.14-17.
[85] Outras denominações, tais como as Assembleias de Deus e a
Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), não tem isso como uma ordenança, mas deixam isso à consciência individual.
[95][96]
Santidade e Vida Superior Pentecostal
A teologia pentecostal foi moldada por movimentos que cresceram a partir da: Santidade-Wesleyana e
Vida Superior.
Os participantes desses movimentos acreditavam que, após uma
experiência de conversão (a "primeira benção") haveria uma experiência
de "crise de santificação" ou a "segunda benção".
[97]
Pregadores wesleyanos de santidade ensinavam que essa experiência
eliminaria imediatamente o pecado na vida cristã, resultando na "
perfeição de pureza."
Cristãos de Vida Superior compartilhavam dessa crença em uma segunda
bênção, mas entendiam de modo diferente. Eles não a viam, essa
experiência, como a eliminação total do pecado, mas como uma "
consagração plena
que lhes empoderava ao evangelismo." Os primeiros pentecostais,
portanto, entendiam o Batismo no Espírito Santo como essa "segunda
benção" e
falar em línguas como sua evidência física.
[97]
A orientação de santidade-wesleyana era a posição universal nos
primeiros dias do pentecostalismo defendendo um triplo processo de
conversão, a santificação progressiva e batismo no Espírito Santo.
[98]
Obra consumada
Na primeira década do século XX, surgiu a controvérsia sobre uma nova doutrina,
Obra Consumada, que difere da santidade-Wesleyana e da
Vida Superior
pentecostal. A doutrina da Obra Plena professa uma dupla experiência de
conversão e de batismo no Espírito, já que a santificação é vista como
progressista e não como instantânea. Este argumento produziu um profundo
cisma e foi visto como falacioso e contencioso por pentecostais
ortodoxos, os quais assumiram o Batismo no Espírito como a prova da
segunda obra.
[98]
Denominações e ligações
Com um número estimado de 115 milhões de seguidores no mundo em 2000,
o pentecostalismo é classificado como a "terceira força do
cristianismo", sendo as duas primeiras o Catolicismo e o protestantismo.
[99] Pentecostais e igrejas carismáticas têm crescido rapidamente em muitas partes do mundo.
[100][101] A grande maioria dos pentecostais estão em
países em desenvolvimento embora muitas das suas lideranças internacionais estejam na América do Norte. O movimento desfruta hoje de uma grande onda no
hemisfério sul, que inclui África, América latina, e muito da Ásia.
[102][103] Uma das razões para este crescimento é o apelo do pentecostalismo aos pobres.
[104] Conforme o relatório das
Nações Unidas, o movimento é "o mais bem sucedido em recrutar membros da classe pobre."
[105]
Em 1998, existiam 11.000 denominações pentecostais ou carismáticas
diferentes pelo mundo. A mais ampla denominação pentecostal no mundo, as
Assembleias de Deus têm aproximadamente 63 milhões de seguidores pelo mundo.
[106][107] Ela tem uma presença significativa em muitos países, incluindo
Cuba,
Egito,
Índia,
Indonésia e
Nigéria.
[108] A
Igreja de Deus (Cleveland) tem uma membresia de mais de 6 milhões,
[109] a
Igreja de Deus em Cristo
tem uma membresia de 6 milhões, contada nos EUA. Se somada a quantidade
e membros da Igreja de Deus em Cristo no resto do mundo, o número de
membros ultrapassa essa marca.
[2] A
Igreja do Evangelho Quadrangular tem 5 milhões de membros, a
Igreja Internacional Pentecostal Unida tem uma membresia de mais de 4 milhões,
[110] e a
Igreja Internacional Pentecostal de Santidade tem mais de 3 milhões de membros.
[111]
A maior igreja pentecostal no mundo é a
Igreja do Evangelho Pleno de Yodo na
Coreia do Sul. Fundada por
David Yonggi Cho em 1958, ela possui 780,000 membros em 2003.
[112] A enorme igreja australiana,
Hillsong, tem uma membresia de 19,000 e suas canções são cantadas nas igrejas pelo mundo a fora.
Pentecostalismo brasileiro
O movimento pentecostal pode ser dividido em três ondas delineadas
por suas características sócio-religiosas e contexto cronológico. Além
das grandes denominações pentecostais, existem hoje centenas de
"ministérios independentes" ou novas denominações surgindo anualmente no
Brasil e no mundo.
Primeira Onda Pentecostal
A primeira onda, conhecida como pentecostalismo clássico, abrangeu o período de 1910 a
1950 e iniciou-se com sua implantação no país, decorrente da fundação da
Congregação Cristã no Brasil e da
Assembleias de Deus
até sua difusão pelo território nacional. Desde o início, ambas igrejas
caracterizam-se pelo anticatolicismo, pela ênfase na crença no batismo
no
Espírito Santo
e por um ascetismo que rejeita os valores do mundo e defende a
plenitude da vida moral e espiritual. Francescon, Berg e Vingren tiveram
matriz pentecostal comum, ao receberem as novas doutrinas na Missão de
Fé Apostólica conduzida pelo Pastor William H. Durham, ex-pastor
batista, em
Chicago, Illinois.
A primeira denominação desse movimento organizada no Brasil em
1910 com a vinda do missionário
Louis Francescon,
que atuou em colônias italianas no Sul e Sudeste do Brasil. Francescon
realizou em 1910, o primeiro batismo de orientação pentecostal em solo
brasileiro com a conversão de onze almas, originando a
Congregação Cristã no Brasil em Santo Antônio da Platina - Paraná, e no mesmo ano inicia esta igreja no Bairro do Brás em São Paulo.
Em
1911,
Daniel Berg e
Gunnar Vingren, iniciaram suas missões no
Pará e Nordeste, dando origem a
Assembleias de Deus.
O movimento das Assembleias de Deus cresceu do norte-nordeste para o
sul, com apoio inicial do movimento pentecostal escandinavo e
posteriormente transferência de aliança com as
Assemblies of God americanas. Com os anos surgiram ministérios e convenções, dos quais muitos são independentes, ou seja, não afiliados à
Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil.
Além da Congregação Cristã no Brasil e da Assembleia de Deus surgiram
outras denominações pentecostais menores nos primeiros quarenta anos do
pentecostalismo brasileiro. Na década de 1930, nasceu a
Igreja Adventista da Promessa
à qual se referiu Duncan A. Reilyl, mencionando que no Recife do ano de
1932, ao lado do pentecostalismo proveniente dos Estados Unidos, nascia
a Igreja Adventista da Promessa.
[113] Em dezembro daquele mesmo ano, foi organizada a Igreja de Cristo no Brasil em
Mossoró (
Rio Grande do Norte).
A Igreja de Cristo divergiu das demais igrejas pentecostais da primeira
onda ao seguir o dogma da "eterna segurança" mais conhecida como
Perseverança dos santos.
Esta também defende que o cristão recebe o batismo do Espírito Santo no
momento da conversão e não como segunda bênção seguida de dons de
línguas. Em Catalão, GO em 1935 foi fundada a Igreja Evangélica do
Calvário Pentecostal. Esta igreja uniu-se à Igreja de Deus de Cleveland,
EUA, e se tornou a Igreja de Deus no Brasil, hoje presente em todos os
estados brasileiros. A Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo foi fundada
em São Paulo em 1936 por Marcos Batista. A
Missão Evangélica Pentecostal do Brasil, fundada em Manaus em
1939,
de origem americana, mas que atualmente atua de forma independente, com
direção nacional e credo baseado no pentecostalismo clássico, de
característica moderada quanto à questão de usos e costumes.
Uma das denominações derradeiras da primeira onda pentecostal no Brasil é a
Igreja Evangélica Avivamento Bíblico, fundada em 7 de setembro de 1946 por Mário Roberto Lindströn, Oswaldo Fuentes e Alídio Flora Agostinho oriundos da
Igreja Metodista. A Igreja Evangélica Avivamento Bíblico conta hoje com mais de 60.000 pessoas.
[carece de fontes]
Segunda Onda Pentecostal
A segunda onda começou a surgir na década de 1950, quando chegaram a
São Paulo dois missionários norte-americanos da
International Church of The Foursquare Gospel. Na capital paulista, eles criaram a
Cruzada Nacional de Evangelização
e, centrados na cura divina, iniciaram a evangelização das massas,
principalmente pelo rádio, contribuindo bastante para a expansão do
pentecostalismo no Brasil. Em seguida, fundaram a
Igreja do Evangelho Quadrangular. No seu rastro, surgiram o
Ministério Cristo Vive,
O Brasil para Cristo, Igreja União Evangélica Pentecostal,
Igreja Pentecostal Deus é Amor,
Casa da Bênção, Igreja Luz do Calvário,
Igreja Unida,
Igreja de Nova Vida e diversas outras
igrejas pentecostais menores como a
Igreja Cristã Maranata, a Igreja Presbiteriana Pentecostal dentre outras. Dentro da
Igreja Católica Apostólica Romana, surgia na década de 1960 a
Renovação Carismática Católica, no estado da
Pensilvânia (
EUA).
Terceira Onda Pentecostal
A terceira onda, chamada de
neopentecostalismo, teve início na segunda metade dos anos 1970. Fundadas por brasileiros, as mais antigas são a
Igreja Universal do Reino de Deus (
Rio de Janeiro,
1977), liderada pelo bispo Edir Macedo, e a
Igreja Internacional da Graça de Deus (
Rio de Janeiro,
1980),
liderada e fundada pelo missionário R. R. Soares, ambas presentes na
área televisiva com seus televangelistas. Posteriormente, temos o
surgimento da
Renascer em Cristo (
São Paulo,
1986), da
Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra (
Brasília,
1992), do
Ministério Internacional da Restauração (1992), e da
Igreja Mundial do Poder de Deus
(1998). De um modo geral, utilizam intensamente a mídia eletrônica,
impressa e editorial, algumas aplicam técnicas de administração
empresarial, com uso de
marketing, planejamento estatístico, análise de resultados etc. Algumas pregam a
Teologia da Prosperidade,
pela qual o cristão está destinado à prosperidade terrena, rejeitando
os tradicionais usos e costumes austeros dos pentecostais. O
neopentecostalismo constitui a vertente pentecostal mais influente, a
que mais cresce e também a mais liberal em questões de costumes.
Renovados & Carismáticos
Paralelamente ao pentecostalismo, várias denominações protestantes
que eram tradicionais experimentaram movimentos internos, com
manifestações pentecostais. Assim foram denominados "renovados", como a
Igreja Cristã Maranata (originária da
Igreja Presbiteriana do Brasil),
Igreja Presbiteriana Renovada (originária também da
IPB),
Convenção Batista Nacional (originária da
Convenção Batista Brasileira),
Igreja do Avivamento Bíblico (originária da
Igreja Metodista do Brasil) e a
Igreja Adventista da Promessa (originária da
Igreja Adventista do Sétimo Dia). Esta, entretanto, é classificada por Duncan A. Reilyl como denominação pentecostal da primeira onda e não como "renovada".
[114]
Alguns movimentos renovados ou carismáticos permaneceram como organizações internas de suas denominações, como é o caso do
Movimento Encontrão na
Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil.
Nos anos mais recentes a doutrina de renovação do pentecostalismo
ultrapassou até mesmo as fronteiras do protestantismo, surgindo
movimentos de renovação pentecostal Católica Romana e Ortodoxa Oriental,
como a
Renovação Carismática Católica que teve sua origem por padres influenciados por pastores e literaturas pentecostais.
Estatísticas
Estatísticas denominacionais
Membresias mundiais:
Distribuição geográfica
- Fonte
Operation World por
Patrick Johnstone e Jason Mandryk,
2000, salvo indicação em contrário.
Pessoas
Precursores
Líderes
Personalidades do pentecostalismo
Ver também
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Ligações externas
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