Lojas Y. Yamada
Tipo | Privada |
Slogan | Yamada completa sua vida |
Indústria | Varejista |
Fundação | 1950 |
Sede | Belém |
Website oficial | http://www.yyamada.com.br/ |
Índice
Historia
1950-2000 (fundação e consolidação)
O grupo foi fundado pelos imigrantes japoneses da família Yamada, que chegaram ao Pará em 1931. A empresa iniciou suas atividades no Brasil com o avô Yoshio, e seu filho, Junichiro — pai de Fernando e atual presidente do grupo.A primeira loja foi inaugurada em 1955, na Rua Senador Manoel Barata, onde até hoje funciona a Loja Matriz. Foi a primeira loja com oferecimento ao público de implementos agrícolas em geral, motores marítimos e industriais, máquinas de costura e geradores.
Em 1957, a Yamada deu início à venda de fogões à gás de querosene, rádios a válvulas, ventiladores, entre outros; objeto de memoráveis campanhas publicitárias veiculadas nos jornais da capital paraense, com a vantagem de ser adquiridos em “suaves prestações mensais”, assim, foi implantando o sistema de crediário, até então inexistente no Pará, um dos pioneiros no país. Com a peculiaridade de atender, especialmente, ao público de baixa renda e autônomos sem comprovação de rendimento.
O grupo possui também uma rede de lojas de departamentos, onde o foco são as classes B, C e D, especializadas em eletroeletrônicos e magazine, conta contava diversos pontos de venda em Belém, Macapá e cidades do interior do Pará.
2000-2015 (expansão)
A empresa compõe-se de 14 empresas, incluindo supermercados, serviços financeiros, lojas de departamento, concessionárias de veículos, além de atividades no ramo de crédito, turismo e pecuária. A Y.Yamada Ocupava a 13ª posição[2] no ranking da Associação Brasileira de Supermercados, era 1º lugar no norte do Brasil e o 12º lugar entre as melhores empresas do Brasil no setor de comércio varejista — setor em que a empresa foi a 8ª em crescimento e a 3ª em rentabilidade.O grupo aproveitou a saída de Belém dos rivais Pão de Açúcar e Bompreço, para aumentar a clientela, tendo como uma das armas seu cartão de crédito que contava com mais de 1.200.000 de clientes da empresa.
Yamada Plaza Castanhal, era segunda maior loja do grupo e a mais completa, inaugurada no dia 29 de novembro de 2008, concentra-se em Castanhal, em um terreno de 27 mil m² e 22mil m² de área construída, fechou suas portas em 2016, dando lugar a uma loja do Grupo Mateus[3]
O grupo chegou a possuir lojas em diversas cidades paraenses como em Belém, Ananindeua, Capanema, Castanhal, Bragança, Barcarena, Marabá, Santarém, Salinópolis e Vigia no Pará e em Macapá no Amapá.
2016- (crise)
Em 2016, A Empresa está passando pelo uma grave crise administrativa-financeira,[4] após morte de seus fundador[5] o grupo passou por uma reestruturação que acarretou o encerrando das atividades em várias Lojas, sendo algumas de suas principais filiais, de Marabá, Castanhal, Belém e Ananindeua.[6]Também fecharam as portas A única loja da empresa fora do Estado do Pará na cidade de Macapá,capital do Estado do Amapá.
Bibliografia
- CAIXETA, Nely. O imperador do Norte. Exame, São Paulo, v. 727, n. 23, p. 64-72.
Ligações externas
- Japoneses prosperam no Pará, Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Pará.
- Análise de Estratégias do Caso Grupo Yamada, Marta T. Motta Campos Martins, Universidade Estadual de Londrina.
- Sem acordo, Observatório da Imprensa.
- «Grupo Mateus assumirá lojas Yamada - Hiroshi Bogéa On line». Hiroshi Bogéa On line. 31 de agosto de 2016
- «As 50 maiores redes de supermercados do Brasil | EXAME.com - Negócios, economia, tecnologia e carreira». exame.abril.com.br. Consultado em 14 de dezembro de 2016
- «Grupo Mateus assumirá lojas Yamada - Hiroshi Bogéa On line». Hiroshi Bogéa On line. 31 de agosto de 2016
- «GRUPO YAMADA EXPÕE SITUAÇÃO DELICADA EM EDITAIS DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIAS». www.ver-o-fato.com.br. Consultado em 14 de dezembro de 2016
- «ORMNEWS: Morre Junichiro Yamada presidente do grupo Y.Yamada.». ORMNews. Consultado em 14 de dezembro de 2016
- g1 pa (Data desconhecida). «funcionarios fazem protesto contra demissões» Verifique data em:
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A crise da Yamada
Para milhares de pessoas interessadas na grave crise enfrentada pelo grupo Y. Yamada, o artigo de Ney Gabriel de Sousa Farias, a seguir reproduzido, é uma luz para iluminar a compreensão do que está acontecendo ao maior grupo do setor varejista do Pará. Um tema de interesse tão geral quanto a sua incompreensão.
O QUE A CRISE DA Y. YAMADA PODE ENSINAR
SOBRE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO?
O pato é um animal que tem muito a nos ensinar, de modo contrário. Ele nada, anda e voa, mas, não realiza nenhuma dessas funções bem-feito. Como um pato, virou moda ser “multifuncional”, “flex” etc.
Multifuncional é palavra da moda entre empresários e profissionais de marketing, que parecem já esqueceram do mantra dos grandes líderes de várias indústrias: Foco, foco e mais foco.
Digo isso porque é com tristeza, porém, sem surpresa, que vi um grupo econômico fantástico “perder-se em si mesmo” por absoluta falta de foco e de identidade, o Grupo Y.Yamada.
Segundo a Wikipédia, O Grupo Y. Yamada é uma rede de supermercados do Brasil fundada em 1950 na cidade brasileira de Belém.
Mas, hoje, o site www.yyamada.com.br não funciona…
Em consulta a LISTA DE LINKS do site da RCF – Recuperação de Créditos Fiscais, onde nossos colaboradores e clientes têm acesso à informação estratégica de suas empresas, concorrentes e fornecedores e realizam algumas tarefas e rotinas administrativas, gratuitamente e sem precisar de senhas, descobri que o mencionado Domínio de Internet foi criado pela Y. Yamada S/A Comércio e Indústria (CNPJ 04.895.751/0001-74) em 1998.
E que a holding do Grupo Yamada tem apenas 2 Execuções trabalhistas nº 0060900-71.2006.5.08.0007 e 0064300-15.2005.5.08.0206, do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região.
Essa mesma lista de links do nosso site https://rcfbrasil.com também permitiu identificar que a Y. Yamada S/A Comércio e Indústria tem dívidas fiscais federais inscritas na Procuradoria da Fazenda Nacional na ordem de R$ 57.234.236,43, sendo mais de R$ 28,6 milhões de débitos previdenciários (INSS) e aproximadamente R$ 28,5 milhões em tributos federais.
Na mesma data do acidente aéreo na Colômbia envolvendo um time de futebol da cidade de Chapecó, cidadezinha do Estado de Santa Catarina, recebo notícias de que as Lojas Y.Yamada não abriram as portas.
Imagino o que leva uma empresa com Código Nacional de Atividade Econômica – CNAE “Comércio varejista de móveis” abrir outras empresas coligadas do ramo financeiro e outros serviços que, segundo o próprio grupo informava em seu site,
“Comércio: lojas de departamentos, supermercados, atacado, magazines, farmácias e lojas especializadas;
Financeira: cartão de crédito, fomento mercantil e serviços de cobrança;
Administração e corretagem de seguros;
Administração de consórcios;
Concessionária de motocicletas e motores;
Fundação Amazônica Yoshio Yamada: apoia os projetos culturais, educacionais e esportivos;
Pecuária”.
São muitos corebusiness, regimes tributários e tributos estaduais versus municipais a administrar…
Deu certo no passado, quando Belém era ainda não estava integrada ao e-commerce e com poucas opções de compras, muito antes da Internet e das compras on-line. Por falar em compras on-line, esse foi um conceito que o Grupo Y.Yamada não captou, deixando passar a marcha inexorável da História.
Outros grandes grupos de Belém incorrem no mesmo erro e insistem em dar as costas para a Internet e vemos que outros grandes grupos entram em nossa cidade para substituir o velho.
Com tantos anos de fundação e a quantidade de empregados, poderiam ter sido planejados meios de redução da carga tributária, como por exemplo a contratação de Cooperativas, o que reduziria a alíquota de incidência do INSS sobre a folha de pagamento para 15% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho, o que auxiliamos com a consultoria especializada da Ordem de Serviço (OS) nº 3 da RCF.
Imagino que essa estratégia, esse planejamento tributário reduziria somente a dívida fiscal federal previdenciária do Grupo Y.Yamada em aproximadamente R$ 7,1 milhões.
Como um pato, que apesar de não ser um anfíbio quer explorar todos os ambientes, empresas multifuncionais podem ser atingidas por concorrentes especializados que não perdem o foco.
SOBRE O AUTOR
Ney Gabriel de Sousa Farias é Advogado tributarista formado em Direito pelo CESUPA, com pós-graduação em Direito Tributário pela UNAMA/LFG (2007). Consultor Sênior da RCF – Recuperação de Ativos Fiscais, empresa especializada em planejamento tributário e sucessório e proteção de ativos de grupos econômicos e familiares.
Fonte: https://lucioflaviopinto.wordpress.com/2016/12/02/a-crise-da-yamada/
Yamada entra em recuperação judicial-Domingo 28/05/2017 08:23:31-Atualizado em 28/05/2017,08:23:31
O juiz da 13ª Vara Cível e Empresarial de Belém, Cristiano Arantes e Silva, deferiu o pedido de recuperação judicial do tradicional Grupo Y. Yamada e nomeou o advogado paraense Mauro Santos como administrador judicial, para conduzir as negociações com credores e tentar reerguer a empresa.Santos começou a trabalhar no caso no último dia 17. A partir dessa data, a Yamada terá 2 meses para apresentar seu plano de recuperação, que será julgado no prazo de 6 meses. O passivo informado pelo grupo à Justiça chega a 250 milhões, sendo R$ 50 milhões apenas de débitos trabalhistas referentes a 4 mil demissões, valor esse que pode dobrar no curso da recuperação.
O passivo da Yamada, em termos de ações trabalhistas, é o maior de uma empresa já registrado no Pará.Especialista em recuperação judicial, Mauro Santos foi o administrador judicial da Celpa e concluiu em 2014 o processo da concessionária de energia, salvando-a da falência iminente, caso não aparecesse um comprador, o que ocorreu com o surgimento da Equatorial. Mauro é também, o administrador judicial do Grupo Visão.PLANOFundada em 1950, com, portanto, 68 anos no mercado, a Y. Yamada é a mais tradicional rede de supermercados e lojas de varejo do Pará e uma das maiores do Brasil. No auge, a marca chegou a ter 2 milhões de clientes credenciados pelo Cartão Yamada, do “gente boa”, que virou mania entre os consumidores paraenses. O grupo Y. Yamada é formado pela Y. Yamada S/A Comércio e Indústria, CCCS (Cadastro, Crédito, Cobrança e Serviços), Tágide Veículos, Tágide Motocicletas e Yamada Administração de Imóveis.Os donos apresentarão um plano à Justiça sob a orientação do administrador para retornar consolidados ao mercado, embora menores, já que parte dos ativos deve ser consumido para a liquidação de dívidas. “No processo de recuperação judicial a empresa precisa mostrar que tem condições de se manter e pagar o seu débito”, disse o advogado. Mauro Santos irá preparar relatórios mensais que vão atestar a viabilidade da empresa. Nesse período ocorrerá uma Assembleia Geral de credores.ENTREVISTA COM MAURO SANTOSP: Qual a função de um administrador judicial?R: É um cargo de confiança do juiz e tem a função de fiscalizar as atividades da recuperanda no que se refere ao pagamento do passivo previsto, dentro do plano de recuperação apresentado pela empresa, sem qualquer tipo de privilégio. Num primeiro momento a empresa nos fornece a relação dos credores e abrimos prazo para que se manifeste sobre aquele crédito que está no plano de recuperação, que tem que ser apresentado pela empresa em 60 dias. Após uma avaliação administrativa eu elaboro uma segunda lista de credores depois de 60 dias úteis. A partir daí surgirão as divergências, impugnações e questionamentos dos créditos. Vou elaborar ainda um relatório de viabilidade financeira para entregar para a vara, analisando se a empresa é viável ou não. Se eu concluir que não é, é decretada a falência, mas no caso da Yamada existe grande possibilidade de recuperação.P: Há algum diferencial dentro da recuperação judicial da Yamada?R: A recuperação judicial da Yamada tem um diferencial complicado: o grande passivo trabalhista da empresa. São algo em torno de quatro mil ações judiciais em reclamações trabalhistas. E é possível que esse passivo aumente, já que podem ter novas demissões ocorrendo. Isso cria uma instabilidade grande. Esse débito trabalhista terá que ser pago na recuperação. E, por lei, o pagamento de passivo trabalhista pode ser feito em até 12 vezes. Lembrando que na recuperação todas as ações de cobrança estão suspensas por seis meses, prorrogáveis por mais seis. As ações trabalhistas continuam sendo processadas mas o crédito será todo remetido para a recuperação judicial.P: Existe a possibilidade de venda da empresa durante esse processo de recuperação?R: Ainda não vislumbro essa possibilidade, mas avalio que a direção pode estar disposta a isso. Aliado a tudo isso ainda temos a crise econômica que afeta o país.(Luiz Flávio/Diário do Pará) - Fonte: http://www.diarioonline.com.br/noticias/para/noticia-418610-yamada-entra-em-recuperacao-judicial.html
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