segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Gente,um bairro alagoano afundando!

Afundamento de bairro de Maceió ameaça 2 mil imóveis

Serviço geológico do Brasil investiga por que o bairro do Pinheiro está afundando. Governo federal reconheceu a situação de emergência decretada pela prefeitura.


Serviço Geológico do Brasil tenta descobrir por que bairro de Maceió afunda
Serviço Geológico do Brasil tenta descobrir por que bairro de Maceió afunda
O serviço geológico do Brasil está tentando descobrir por que um bairro de Maceió está afundando. Este fenômeno ameaça mais de 2 mil imóveis.
O bairro do Pinheiro, em Maceió, tem cerca de 19 mil moradores. Há quase um ano, eles sofrem com o aparecimento de rachaduras nas ruas e dentro das casas.
O problema começou em fevereiro de 2018, após uma forte chuva, e piorou em março, com um terremoto de 2.5 na Escala Richter. “Desde o tremor que teve, a gente vem acompanhando como é que está essas rachaduras, né? Tem assustado porque, gradativamente, está aumentando”, diz o professor de educação física José Maria Galvão Júnior.
Numa casa, as rachaduras estão por todos os lados. No quintal, um grande buraco se abriu. A Defesa Civil instalou réguas para monitorar as rachaduras. Metade da casa está afundando; já são quatro centímetros, o que dá para ver na parede.
“Eu não tenho como sair daqui. Se sair, vou pagar aluguel. Eu não disponibilizo dessa situação. É muito difícil”, afirmou o comerciante José Rinaldo Januário de Oliveira.
Segundo a Defesa Civil, as rachaduras atingem mais de 2 mil imóveis. Com medo, muitos moradores deixaram as suas casas. Foi o que aconteceu em um conjunto habitacional, que hoje está abandonado. “Muitas não têm para onde ir, muitas têm que ir para casa de família, morar de favor. É muito triste ver essa situação”, conta a enfermeira Amanda Cavalcante.
O serviço geológico do Brasil investiga o que pode estar fazendo o bairro afundar, provocando as rachaduras. Mas pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte já apontam algumas hipóteses, como a exploração de sal na região; o surgimento de uma dolina, um fenômeno geológico que ocorre quando parte do solo cede formando uma cratera; ou até mesmo a localização do bairro numa área tectonicamente ativa.
“Nós estamos falando de um bairro que tem muitos milhares de habitantes. Então, toda cautela aí é pouca. O que a gente recomenda é que todas as hipóteses, e outras mais que sejam identificadas pelo grupo, sejam investigadas a fundo”, declara Francisco Pinheiro, geólogo do Laboratório de Análises Estratigráficas da UFRN.
O governo federal reconheceu a situação de emergência decretada pela prefeitura. A Defesa Civil começou a cadastrar os moradores e aguarda a liberação de recursos para dar assistência.
“Até que se saia os estudos, a gente possa, paulatinamente, ir tirando as famílias, que é o plano de contingência de ir retirando as pessoas que foram afetadas”, explica Dinário Lemos, coordenador da Defesa Civil em Maceió.
“O medo é a sensação mais forte que existe entre nós. O medo e angústia. Eu tenho uma criança de 10 anos... E vejo a minha filha circular aqui dentro. É muito difícil”, lamenta o comerciante José Rinaldo. 
Fonte:  https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2019/01/09/afundamento-de-bairro-de-maceio-ameaca-2-mil-imoveis.ghtml

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