Negócio: "Ganho R$ 3 mil por mês com meu disque-sacolé!"
Alexandre começou com apenas R$ 50 e uma bicicleta. O negócio deu tão certo que hoje seu gelinho delivery tem até entregas de moto! Nos meses de calor, chega a lucrar nada menos que R$ 5 mil
Reportagem: Christiane Oliveira
Então, em outubro de 2007, tomei
coragem e pedi demissão, sem nada em vista. Coloquei na cabeça que ia
trabalhar pra mim. Mas com o quê? Foi então que lembrei dos ambulantes
que entravam no ônibus vendendo sacolés – o famoso gelinho ou geladinho.
Resolvi investir nessa ideia!
Meu primeiro gelinho ficou sem açúcar
“Olha
o sacolé! Tem de coco, manga, morango...” Na infância, eu ficava doido
quando o moço passava vendendo na rua de casa. Saía correndo para pegar
dinheiro com minha mãe e comprava meu favorito: de coco. Esse também foi
um dos motivos que me animaram a começar meu negócio de gelinhos.
Para
começar, fui ao mercado e comprei açúcar, coco, leite e creme de leite.
Gastei R$ 50. Nunca tinha feito nada na cozinha antes – não sabia nem
fritar um ovo! Mesmo assim, decidi fazer o sacolé de coco da minha
cabeça. Descasquei a fruta e coloquei todos os ingredientes para bater
no liquidificador. Em seguida, ensaquei e amarrei 50 geladinhos e
coloquei tudo no freezer.
Vendi todos para
meus familiares e vizinhos, cada um por R$ 1. Não lucrei nada com essa
primeira leva. Era mais para as pessoas experimentarem mesmo. Só rolou
um problema : não provei nenhum antes de vender. E aí um amigo me disse:
“Alexandre, o sacolé está sem açúcar!”
Liguei
para minha mãe, que é fera na cozinha, e descobri que usei creme de
leite no lugar do leite condensado. Erro de principiante... Mudei a
receita do gelinho de coco e acrescentei mais alguns sabores no meu
cardápio, como manga, chocolate, maracujá... Era hora de sair vendendo
meus produtos pela cidade!
Passei a colocar o
isopor cheio de sacolés na garupa da minha bicicleta, todos os dias, e
saía oferecendo pelas ruas da cidade. Depois de duas semanas, como o
negócio ainda não tinha engrenado, tive a ideia de vender meu produto na
porta de uma escola particular. Criei um ponto fixo: fazia três turnos:
meio-dia, 13h e 17h, que eram os horários de maior movimento.
Quando
as crianças se aproximavam, eu dizia: “E aí baianinho, vai querer
sacolé do quê?” E aí elas começaram a falar: “Vamos comprar um sacolé lá
no baiano?” Pronto, surgiu a marca do meu produto: Sacolé do Baiano!
Mandei fazer adesivos para colocar no meu isopor e imprimi alguns
cartões para distribuir. É que meus gelinhos também faziam sucesso com
as mães das crianças. Elas sempre pediam uns dez para levar pra casa no
fim de semana.
Comprei moto e carro com a grana dos sacolés
Até
que, numa sexta-feira, uma delas me deu uma ótima ideia ao pedir que eu
fizesse uma entrega na sua casa no sábado. Topei, já com o objetivo de
criar um disque-sacolé. Isso mesmo: eu ia oferecer um serviço de gelinho
delivery! O cliente precisaria encomendar no mínimo dez sacolés e eu
entregaria sem frete nenhum. Menina, meu negócio decolou! Consegui
comprar até uma moto! Nessa época, eu vendia uns 50 gelinhos por dia
ainda a R$ 1 cada um.
Passei dois anos
vendendo na porta da escola, mas, como já tinha feito a clientela ali, o
pessoal fazia os pedidos pelo meu disque-sacolé e eu não precisava mais
ficar lá. Então, passei a vender no centro de Nilópolis, que é um lugar
movimentado durante todo o dia. Aí meu negócio ficou mais lucrativo.
Aumentei
para R$ 1,50 o valor de cada gelinho e, mesmo assim, começou a vender
que nem água. O número triplicou: 150 por dia! Nessa época, 2010,
consegui até comprar um carro!
Hoje já vendo
meus sacolés por R$ 2,50. Mas não é fácil, não. No verão, acordo às 7h
da manhã, faço os geladinhos até meio-dia e saio para vendêlos.
Geralmente, fico na rua até as 17h, mas nos dias de calor estico até as
20h. Só não vou pra rua quando está frio ou chovendo muito. Mas como
aqui no Rio quase não chove e nunca faz muito frio, trabalho de segunda a
segunda.
Atualmente, vendo entre 150 e 200
sacolés por dia. Mas no verão esse número chega a dobrar. O que mais sai
é o de coco, apesar de meu cardápio ter15 sabores, entre eles musse de
limão, açaí com morango, musse de maracujá, morango com banana, abacaxi
com hortelã... Lucro em média R$ 3 mil por mês, mas já cheguei a ganhar
R$ 5 mil no calorão.
A maior parte da minha
clientela está nas ruas, mas também aceito encomendas para festas. Uma
vez fiz 200 sacolés para um aniversário. Também criei uma página no
Facebook e um perfil no WhatsApp para receber encomendas.
O
diferencial dos meus sacolés é que eles são feitos com leite e ficam
bem cremosos. E mesmo os que levam fruta e água são saborosos, pois
coloco bastante fruta para não ficar aguado.
Hoje,
como minha demanda é grande, pago para uma mulher ensacar e amarrar os
sacolés. Meu próximo passo é comprar uma máquina que faz isso. Assim vou
poder produzir e vender muito mais!
Receita do meu sacolé de morango com açaí (rende 70 unidades)
Ingredientes
• 4 kg de açaí
• 3 pacotes de morango
• 3 kg de açúcar
• 5 litros de água
• 4 kg de açaí
• 3 pacotes de morango
• 3 kg de açúcar
• 5 litros de água
Modo de preparo
Bata o açaí no liquidificador e despeje num recipiente. Em seguida, bata os morangos no liquidificador com apenas meio litro de água. Misture com o açaí, acrescente o açúcar, junte o restante da água e mexa bem com uma colher até que a mistura fique homogênea. Depois, encha os saquinhos, feche-os e deixe no freezer por um período entre 12 e 15 horas.
Bata o açaí no liquidificador e despeje num recipiente. Em seguida, bata os morangos no liquidificador com apenas meio litro de água. Misture com o açaí, acrescente o açúcar, junte o restante da água e mexa bem com uma colher até que a mistura fique homogênea. Depois, encha os saquinhos, feche-os e deixe no freezer por um período entre 12 e 15 horas.
Fonte: http://soumaiseu.uol.com.br/noticias/negocio/negocio-ganho-r-3-mil-por-mes-com-meu-disque-sacole.phtml#.Wg8jqY9rxzA
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