terça-feira, 29 de agosto de 2017

"ILHA DOS MAUÉS-TERRA DO GUARANÁ "ANTARCTICA""!!!

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     Maués, município do Amazonas

Maués é uma das cidades mais belas do Amazonas, conhecida como "Terra do Guaraná", planta que produz bebida muito apreciada pela população local e que deu origem ao refrigerante brasileiro, mundialmente famoso, o guaraná, comercializado por grandes indústrias de bebidas.

Os  índios mundurucus e maués cultivavam o guaraná na região de Maués, a quem conferiam poderes medicinais e afrodisíacos, sendo ainda hoje, e até pela valorização nacional, o produto agrícola  mais cultivado na regiao do município.

O nome Maués tem origem da língua tupí:, adjetivo traduzido por curioso, inteligente, abelhudo;

Maué ou Maue é o nome usado para designar a nação indígena que habitava a região e se traduz por "Papagaio Curioso e Inteligente"; Maués, cidade dos papagaios inteligentes.


O município é a 5ª Zona Eleitoral do Estado do Amazonas e uma das comarcas mais antigas do Estado, atualmente com duas Varas Judiciais.

GEOGRAFIA
Possui 39.675 Km², com aproximadamente 36.420 habitantes, e está localizada a 267 quilômetros de Manaus, possuindo também as praias mais famosas do estado.

Situa-se na 8ª Região do Estado do Amazonas - Médio Amazonas - na área leste do estado, entre os rios Madeira e Tapajós.

A sede do município está localizada numa área de terra firme, banhada pelas águas do rio Maués-Açu.

ÁREA TERRITORIALPossui 39.675 Km², correspondente a 2,54% da área total do Estado.

POPULAÇÃO:

Possui aproximadamente 36.420 habitantes (1997), distribuídos entre a sede e 127 comunidades organizadas, localizadas em áreas próximas a rios, lagos e paranás.

LIMITE :Ao norte, com os municípios de Boa Vista do Ramos, Barreirinha e Itacoatiara. Ao sul, com o município de Apuí. A leste, com o Estado do Pará. A oeste, com os municípios de Borba e Nova Olinda do Norte.

DIVISÃO INTRAURBANA:

O tecido urbano da sede do município é composto por uma área central e os bairros Ramalho Jr., Maresia, Mirante do Éden, Mário Fonseca, Santa Tereza, Cel. Negreiros e Donga Michilis.

SOLO
Apresenta uma rica diversidade de solos profundos e muito profundos, de bem a excessivamente drenados, bastante porosos, tendo pequena relação textural e pouca diferenciação entre os horizontes. De modo geral, os solos da região constituem-se de latossolo amarelo, vermelho-amarelo e vermelho com afloramento.

TEMPERATURA:

Média máxima 33,96°C Média mínima 25,21°C Média 28,77°C

ALTITUDE:

Maués encontra-se a 18m acima do nível do mar.

CLIMA:O clima característico da região é do tipo AM da amazônia e subtipo AN de transição, quente e úmido. As chuvas são regulares e abundantes no município, ocorrendo com mais frequência no período de janeiro a julho e com baixas precipitações de agosto a dezembro, época de verão na região.

PRAIAS
Praia da Antártica: Arborizada, de areias brancas, águas límpidas. Dotada de calçadão e bancos, dispostos por toda a extensão de cerca de 1.500 metros.

Praia de Vera Cruz: Localiza-se na frente da cidade. Areias brancas, águas límpidas, bela paisagem. Lugar tranqüilo e integrado à natureza.

Praia da Ponta da Maresia: A mais procurada pelos amantes deste tipo de lazer. Nos períodos de temporada fica lotada. Sua extensão é de aproximadamente 500 metros.

Praia do Lombo: Localiza-se na frente do centro da sede do município, assim como suas congêneres, possui águas refrescantes e tranqüilas.

Praia Ramalho JR: Com extensão de aproximadamente 500 metros e beleza ímpar, possui uma vista panorâmica da cidade.

Encontro das águas: Em frente à cidade ocorre o encontro das águas esbranquiçadas do Paraná do Urariá com as águas de tonalidade quase negras do rio Maués-Açú, denominado Rio Preto, principal rio do município.

III ? HISTÓRIA
Na 2ª metade do século XVIII, a região da mundurucânia foi visitada pela primeira vez por sertanistas em busca de drogas do sertão. Era uma região habitada pelos índios mundurucus e maués, os quais travavam constantes lutas.

Entre 1750 a 1768, com os maués vitoriosos, os mundurucus da região do Tapajós emigraram, dispersando-se pelos rios Canumã, Maués-Açú, Abacaxis e tributários. Eram índios guerreiros, famosos pelos costumes bárbaros.

A primeira notícia que se tem de Maués foi através do relatório feito durante a visita do superior provincial jesuíta Padre Betendorf, o qual referiu-se a Maués como "Vila dos Maguases".

Em 1759, por ato do ministro de Portugal Marquês de Pombal, os jesuítas foram expulsos da região, pois causavam conflito com os colonos interessados na escravidão dos índios, fato que causou a ruína das missões e tornou o convívio entre índios e brancos hostil.

Foi Lôbo D'Almada, Governador da Capitania do Rio Negro e Grão-Pará, quem atraiu os guerreiros mundurucus e saterê-maué ao convívio social dos brancos, com o fim de promover o rápido desenvolvimento da região.

Pouco tempo depois, puderam ser fundados os povoados de Canuama, Juriti e Luséa.

NO lugar onde foi fundado o povoado de Luséa existia uma aldeia mundurucu denominada "uacituba", que significa terra grande, terra fértil.

O povoado de Luséa foi fundado pelos portugueses Luís Pereira da Cruz e José Rodrigues Preto, e o trabalho missionário foi entregue aos capuchinhos.

Os índios, descontentes com o trabalho escravo que lhes vinham impondo, revoltaram-se, o que gerou uma sangrenta batalha (1832), com vários colonos e trinta soldados portugueses mortos. Detalhe: os índios mortos não foram contados.

Um ano após essa luta, ou mais precisamente em 25 de junho de 1833, Luséa foi elevada a categoria de Vila. DATA daí, a criação do município.

NO ano de 1832 estoura, em Belém, a Cabanagem, revolução contra a precária situação do povo, que teve a frente, além dos colonos pobres, escravos e índios: os cabanos. Essa revolução espalhou-se por toda a província, até os mais distantes lugarejos do interior.

A Vila de Luséa foi o cenário de sangrentas lutas entre os cabanos rebeldes e AS tropas fiéis ao governo, os legalistas, de outro. A praça Cel. João Verçosa, em Luséa, por volta de 1840, foi palco da  rendição dos últimos cabanos resistentes, onde foi obrigatório o juramento de fidelidade à Constituição. Em 5 de setembro de 1850, o Amazonas foi elevado à categoria de província.

Com a criação da província do Amazonas, Luséa era um dos quatro municípios existentes, porém foi desmembrado pela Lei n 02 de 15 de outubro de 1952, dando origem ao município de Vila Bela da Imperatriz (atual Parintins).

Uma boa parte da população indígena refugiou-se para além dos rios Marau, Abacaxis, Apoduiutava e Andirá, e mantêm, nos confins de Maués, boa parcela de sua cultura intacta até os dias de hoje. Os saterê-maué são exemplo vivo da sobrevivência indígena.

Ainda hoje conservam a própria língua saterê-maué. Em 11 de setembro de 1865, Luséa passou a ser denominada Vila Conceição, já a Lei n 35, de 4 de novembro de 1892, deu ao município e sua sede o nome de MAUÉS.
Em Maués há uma miscigenação que demonstra visível predominância da raça indígena.

IV ? COMARCA A comarca de Maués foi criada logo após a mudança de nome do município, de Vila da Conceição para Maués, pela Lei 133 de 05 de outubro de 1895, porém só foi instalada em 09 de março de 1896. Com 36.420 habitantes, Maués é a 5ª Zona Eleitoral do Estado do Amazonas, possuindo 70 seções eleitorais e eleitorado de 20.290 eleitores.

LENDA DO GUARANÁ
Ceraçaporanga era a mais bela na taba dos índios Maués. Por isso seus irmãos de raça a resguardavam muito mais que AS outras índias da tribo. Nas noites de luar, ceraçaporanga dançava com AS outras índias o ritual sagrado, implorando à Jacy (Lua) AS bençãos do céu.

Um dia, Ceraçaporanga apaixonou-se por um índio de uma tribo inimiga. Seus irmãos opuseram-se ao casamento, porém, Ceraçaporanga desobedeceu aos seus irmãos e fugiu com o namorado. Toda a tribo saiu em perseguição ao casal. Sabendo que seu amado não escaparia com vida, Ceraçaporanga, ajoelhada, pediu aos céus que tivessem pena dos dois, que não os separassem.

Tupã atingiu os amantes com um raio matando-os, para o grande espanto dos Maués. Ao pé da frondosa sapupema, encontraram dormindo para sempre a bela Ceraçaporanga e seu bem amado. Toda tribo chorou a morte de Ceraçaporanga.

Ela, entretanto, não abandonou a tribo. NO LOCAL onde morrera com seu amado brotou de seus olhos o guaraná. Na língua indígena, guaraná significa "parecido com olhos humanos". Segundo a lenda, são os olhos de Ceraçaporanga. De um verdadeiro amor - amor desfeito pela má sorte e incompreensão - ficou esta lenda comovida, que diz do amor e da vida de todos os Maués. Aquele arbusto daria frutos que aplacariam a fome e a sede de seus irmãos queridos.

Narração da Lenda extraída do Livro: Maués-Estudos Sociais, Secretaria de Educação e Cultura do Amazonas, 1991.

VI - HOTÉIS :

Maués tem como seus hotéis e hospedarias principais: Hotel Miramar - Fone: 3542 1309; Maués Praia Hotel - Fone: 3542 1240 Dorzane Palace Hotel - Fones: 3542 1954

Hospedaria Ramalho Jr.

Hospedaria Tibiriçá VII -

ACESSO À CIDADE :

À Maués só se chega de avião ou barco.

AS linhas aéreas que atendem são: RICO - Fones (092) 3542 2109 TABA - Fones (092)3542 1918  TAVAJ (092) Fones 3542 1074

AS embarcações que fazem a linha Maués-Manaus são:

DIA Maués-Manaus Manaus-Maués

Domingo: Bom Socorro São Tomé

2º feira Calipson Rainha Elizabeth

3 feira: São Tomé Cidade de Terezina

4 feira 14 de Outubro Bom Socorro

5 feira Rainha Elizabeth São Tomé

6 feira Cidade de Terezina Calipson

Sábado São Tomé 14 de Outubro

VIII ? DADOS RÁPIDOS
População 42.976

Eventos: Festa do Divino Espírito Santo (31.05 à 08.06);

Aniversário do Município de Maués (25 de junho)

Festival Folclórico da Ilha de Vera Cruz (11 à 13 de julho)

Festival de Verão de Maués (04 à 06 de setembro)

Festa do Guaraná (27 à 29 de novembro).

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www.portalamazonia.com


E-mail: portalamazonia@redeamazonica.com.br


Manaus- Amazonas


Fone: 092-3216-5559

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