terça-feira, 18 de julho de 2017

Outro lugar maravilhoso,gente!

ÁGUAS LÍMPIDAS E FRIAS
Escrevendo sobre os igarapés de Santarém, o naturalista inglês Henry Bates, no século XIX, disse que “Esses riachos da floresta, com suas águas límpidas e frias, a fluir murmurantes por seus leitos arenosos ou forrados de seixos, no fundo de ravinas agrestes e tropicais, sempre tiveram enorme encanto para mim.” Para mim também, Mr. Bates.
A viagem desse cientista à Amazônia foi entre 1848 e 1859 e ele a descreveu minuciosamente no livro “Um naturalista no Rio Amazonas”. A primeira parte do capítulo referente a Santarém, onde ele permaneceu três anos (1851 a 1854), está transcrita no recém-lançado livro “Memória de Santarém”, que Lúcio Flávio Pinto escreveu e Miguel Oliveira, do jornal O Estado do Tapajós, editou.
Veja porque eu concordo com o sr. Bates:
Esse igarapé, de águas límpidas e frias, que fluem murmurantes sobre um leito arenoso, vindas do interior da floresta, eu fotografei há duas semanas, em um sítio em Santa Luzia, pertinho de Santarém, entre a cidade e a vila de Alter do Chão. E quem foi o responsável pelo convescote? O jornalista Miguel Oliveira. Aliás, não bem convescote, porque não teve a refeição – mas, a bem da verdade, não aguentaríamos, Rita e eu, comer mais nada, após o opíparo almoço que ele preparou, literalmente, para nós, imediatamente antes... Mas isso é outra história! E que história...
O banho na água de correnteza forte neste pequeno, simples e paradisíaco lugar teve, digamos assim, uma função digestiva: a água veloz e fria massageava a pancinha cá do Degas, cheia de gostosuras da terra santarena, ajudando o atarefado e sobrecarregado estômago. Registre-se que o mesmo não acontecia com a Rita, muito mais comedida nas quantidades alimentares ingeridas...
O caminhar, em contato direto com a natureza, hoje como há 150 anos, encanta o homem do século XXI como encantou aquele inglês dos 1800. E, considerando a dificuldade de acesso, nos dias de hoje, a pedacinhos encantados de paraíso como este (estes, porque por lá os há muitos), fica fácil imaginar a riqueza turística espalhada pelos igarapés de Santarém. E de todo o Pará. Um tesouro para o melhor turismo de natureza, turismo ecológico ou lá que nome tenha.
 
Crianças e adultos, aproveitamos todos, o esplendor da natureza, aqui como em outros trechos do riozinho. Logo após, junto à casa do sítio, uma intervenção humana racional: uma piscina aproveita a água corrente, mantendo o fluxo natural e proporcionando plenos mergulhos e a natação, por aqueles que dominam estas artes de conviver com as águas e com os peixes. Tudo cercado por muita natureza, o som dos pássaros em plena liberdade.
 

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