Publicado por José Geraldo Magalhães
em Geral | 24/11/2011 às 15:51:00
AMAS em Juiz de Fora promove inclusão social há mais de 20 anos
Publicado por José Geraldo Magalhães
em Geral | 24/11/2011 às 15:51:00
Carolina Fellet / Fotos Carlos Mendonça
O acesso a banho, alimentação e
vestuário é o primeiro passo para se ter cidadania. Foi pensando nisso
que a Associação Metodista de Ação Social (AMAS) do bairro São Mateus,
em Juiz de Fora, MG, desenvolve desde 1989 projetos sociais que visam
resgatar vítimas de segregação e famílias carentes da exclusão social. O
projeto funciona nas dependências da Igreja Metodista situada numa das
principais avenidas da cidade: a Independência.
Segundo o seminarista e Presidente da
Amas, Mozarqui Moreira Guida, esse projetos são elaborados de acordo com
as demandas sociais que vão surgindo. O SOS Alimentos, por exemplo,
funciona de duas formas: para os moradores de rua que não possuem
condições de preparar a própria refeição, são distribuídos alimentos
avulsos uma vez por semana. Já para as 15 famílias carentes que são
cadastradas na organização, são distribuídas cestas básicas uma vez por
mês.
Já no projeto Reintegrar, os assistidos
têm acesso a banho, corte de cabelo, jantar, além de sessão com
psicólogo e assistente social. Toda semana, cerca de 80 moradores de rua
e população carente, com idade entre 18 e 60 anos, procuram a
instituição, para melhorar a aparência e a autoestima e tentar conseguir
um emprego.
A assistente social da organização,
Fabiany Assis, destaca que a cidadania real vai além dessas ações
desenvolvidas pela organização. “O ideal é que além do suporte dado ao
corpo – banho, alimentação e vestimenta – os assistidos tivessem acesso a
trabalho, lazer e boas escolas”, comentou Fabiany.
Além do apoio desses profissionais –
psicólogos, farmacêuticos, enfermeiros, cabeleireiros e advogados –,
para manter suas atividades, a associação conta com um repasse de verba
da igreja (80% da receita da AMAS vem dos fiéis), e com doações de
roupas, cestas básicas, móveis e utensílios domésticos.
Para o Pastor da Igreja São Mateus,
Sérgio Paulo Martins, acolher o projeto AMAS equivale a cumprir um dos
propósitos da Igreja Metodista, que é firmar compromisso com o bem-estar
social, e não simplesmente se preocupar com o desenvolvimento
espiritual dos fiéis. A igreja busca trabalhar o ser humano em sua
totalidade bio-psico e social. Por isso, “a AMAS trata a alma através da
cidadania; o espiritual, através dos cultos e o “bio”, através da
alimentação”, destacou o pastor.
AMAS mudando histórias - Desempregado e sem ter onde morar, o pedreiro Jorge de Carvalho, de 64 anos, procurou a instituição em 1992. Neste ano, além de participar de cultos e do estudo do evangelho, ele ajudava a executar vários trabalhos desenvolvidos pela associação. Aos poucos, ele foi se entrosando com voluntários e assistidos da AMAS e conseguiu um quarto para dormir nas dependências da organização. Atualmente, ele leva a palavra de Jesus às pessoas e ajuda, assim, a dinamizar os projetos da associação.
Outro frequentador da AMAS é Wellington
Washington Teixeira, que trabalha com serviços gerais e frequenta a
organização há mais dez anos. Ele procurou a instituição porque ficou
sabendo do jantar que era servido e dos ensinamentos de Jesus que eram
pregados. O envolvimento de Wellington com os voluntários da AMAS foi
tão grande que em 2010 estes conseguiram celebrar, junto com um pastor, o
casamento do assistido dentro da igreja.
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